revoluciomnibus.com Música do Brasil de Cabo a Rabo![]() e o l i m i t e d a s á g u a s 1973-1978
Todos falam da violência da correnteza do rio
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![]() EDU
LOBO LISBOA DEZEMBRO 1973 / EDU LOBO LISBOA OUTUBRO
1977
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Um
caso é Edu Lobo, um dos grandes filhos ou
sobrinhos de Tom Jobim,
que cresce no Rio de Janeiro sob a
influência mais marcante da que acabou por
ser, com João Gilberto, a grande força
catalisadora do fenômeno universal da bossa
nova, que o projetou da sanfona para o
violão. Com Arrastão (Edu
Lobo-Vinícius de Moraes), que também
catapultou a carreira de Elis Regina, que a
lançou em 1965, Edu Lobo torna-se um
clássico instantâneo da música popular
brasileira, que numa sequência avassaladora
em que junta Upa neguinho (Edu
Lobo-Gianfrancesco Guarnieri), Zambi
(Edu Lobo-Vinícius de Moraes), Reza
(Edu Lobo-Ruy Guerra), Corrida de
Jangada e Ponteio (Edu
Lobo-José Carlos Capinan) e Pra dizer
adeus (Edu Lobo-Torquato Neto) e sua
versão To say goodbye (Edu
Lobo-Torquato Neto-Lani Hall), entre outras
joias raríssimas como Candeias (Edu
Lobo-José Carlos Capinan) e As mesmas
histórias (Edu Lobo) se impóe do pé
pra mão (se isso fosse fácil) como um
clássico gigante da música, um dos grandes
compositores da história, com essas e muitas
pérolas que continuará a fazer com esses e
outros parceiros, como Paulo César Pinheiro,
Ronaldo Bastos, Cacaso e last but not
least Chico Buarque, ou sozinho mesmo,
um dos maiores criadores de canções, sempre.
Compositorzaço: não é comum peças/canções
populares/de consumo (de massa) com três ou
quatro partes engenhosamente estruturadas
com variações harmônicas e melódicas de
tanto efeito e beleza. Seu LP de estreia A
música de Edu Lobo por Edu Lobo, selo
Elenco, 1965, com arranjos de Luiz Eça e
acompanhamento do Tamba Trio, é obra
definitiva, e que mostra de cara como ele é
o melhor cantor de sua obra.
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Em dezembro de 1973 Edu Lobo se apresentou em Lisboa e, acompanhado pela consorte, Wanda Sá, teve um longo bate-papo com James Anhanguera publicado com cortes pela censura do regime ditatorial ainda vigente em Portugal com chamada de capa na revista Cinéfilo, de Lisboa, em 10-16 de janeiro de 1974.Edu,
afinal um dos protagonistas mas com obra
muito acima de FLA-FLUS, narra em detalhes
em longo trecho da entrevista, com muitas
informações curiosas de causos da época, os
embaraços que a fúria iconoclasta
tropicalista lhe causara.
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Com versões de Vivo Sonhando, Inútil Paisagem, Vagamente e originais da pesada, como se dizia antigamente, e Quiet Nights (Corcovado) e To say goodbye (Edu Lobo-Torquato Neto-Lani Hall) nesta versão em CD resmaterizado Dubas, em reedição q é uma das obras-primas de Ronaldo Bastos https://www.youtube.com/watch?v=BsC50SYZRc8
é
uma obra-prima subestimadíssima
em que a futura Ms. Edu Lobo, aos 19
anos, dá banhos de vocal SEM VIBRATO Wanda Vagamente, o primeiro disco de Wanda Sá, nasceu um clássico. Produzido por
Roberto Menescal |
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Edu Lobo traça seu riscado ao longo dos anos 1970 como produtor de sua obra, da composição ao arranjo e a arregimentação de músicos com a turma do clube da esquina de Milton, mais Joyce, que é da turma de Edu Lobo desde criancinha e assim sua turma, de Milton, Edu e Joyce, Paulo Moura e Nivaldo Ornellas, Nelson Ângelo, Maurício Maestro, Danilo e Dori Caymmi, Fernando Leporace e piafora, a que aqui junta em mais um golpe de gênio uma grande revelação da Barca do Sol, que levantou âncora num seminário de Egberto Gismonti em Curitiba. Em Limite das Águas o violoncelo, pelas mãos de Jaques Morelembaun, finalmente estreia na MPB com suingue além da conta nas quebradas de um Repente de Edu Lobo-José Carlos Capinan, em disco que marca (abrindo com Uma vez um caso...) a entrada no repertório de Edu Lobo dos versos sincopados e sempre maneiríssimos da mais nova grande revelação da poesia e do (bel)letrismo brasileiros, Cacaso, mais um parceiro antológico que exigirá de Edu nada menos que o melhor.O
follow-up autoral de Missa Breve,
de 1976, é uma pérola da música de câmara
popular brasileira lançada na Alemanha em 1977
pelo selo MPS, que já em 1966 lançara o
antológico LP Folklore e Bossa Nova do
Brasil com gravações originais de Edu
Lobo, Sylvia Telles, Rosinha de Valença e Dom
Salvador Trio com Sérgio Barroso e Chico
Batera.
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e
que pega embalo, de Missa Breve
(1973) e Limite das Águas (1977),
jóias, rumo a Camaleão (1978), que
se impõe de cara como obra de maturidade
também em termos de produção, um monumento
clássico de expressão perene das múltiplas qqualidades
de Edu Lobo, jamais datado passe o tempo que
passar, histórica etapa rumo a uma próxima
década e meia de produções brilhantes a
começar pelo LP seguinte, tão irretocável
quanto, Tempo Presente e Edu
& Tom Tom & Edu e O
Grande Circo Místico, com Chico
Buarque, após travessia de 15 anos + ou -
serena, sendo quem é, mas por força das
circunstâncias também muito conturbada.
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Afirma uma firma que o Brasil confirma: ”Vamos substituir o Café pelo Aço”. Vai ser duríssimo descondicionar o paladar. Cacaso |
MÚSICA DO BRASIL DE CABO A RABO ciberzine
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![]() Música do Brasil de Cabo a Rabo é um livro com a súmula de 40 anos de estudos de James Anhanguera no Brasil e na América do Sul, Europa e África. Mas é também um projeto multimídia baseado na montagem de um banco de dados com links para múltiplos domínios com o melhor conteúdo sobre o tema e bossas mais novas e afins. Aguarde. E de quebra informe-se sobre o conteúdo e leia trechos do livro Música do Brasil de Cabo a Rabo, compilado a partir do banco de dados de James Anhanguera.MÚSICA DO BRASIL DE CABO A RABOVocê já deve ter visto, lido ou ouvido falar de muita história da música brasileira da capo a coda, mas nunca viu, leu ou ouviu falar de uma como esta. Todas as histórias limitam-se à matéria e ao universo musical estrito em que se originam, quando se sabe que música se origina e fala de tudo. Por que não falar de tudo o que a influenciade que ela fala sobretudo quando a música popular brasileira tem sido quase sempre um dos melhores veículos de informação no Brasil? Sem se limitar a dicas sobre formas musicais, biografia dos criadores e títulos de maior destaque. Revolvendo todo o terreno em que germinou, o seu mundo e o mundo do seu tempo, a cada tempo, como fenômeno que ultrapassa - e como - o fato musical em si.Destacando sua moldura
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Elifas Andreato:
capa do LP Confusão Urbana
Suburbana e Rural de Paulo Moura |
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créditos autorais: Era Uma Vez a Revolução, fotos de James Anhanguera; bairro La Victoria, Santiago do Chile, 1993 ... A triste e bela saga dos brasilianos, Falcão/Barilla: FotoReporters 81(Guerin Sportivo, Bolonha, 1982); Zico: Guerin Sportivo, Bolonha, 1982; Falcão Zico, Sócrates, Cerezo, Júnior e seleção brasileira de 1982: Guerin Sportivo, Bolonha, 1982; Falcão e Edinho: Briguglio, Guerin Sportivo, Bolonha, 1982; Falcão e Antognoni: FotoReporters 81, Guerin Sportivo, Bolonha, 1981.
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Carolina
Pires da Silva
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