revoluciomnibus.com      Música do Brasil de Cabo a Rabo

e  o  l i m i t e  d a s  á g u a s      1973-1978

                                 Todos falam da violência da correnteza do rio
                           ninguém fala da violência das margens que o comprimem

 
                                                               Bertold Brecht


EDU LOBO LISBOA DEZEMBRO 1973 / EDU LOBO LISBOA OUTUBRO 1977

                                             duas vezes um caso

Um caso é Edu Lobo, um dos grandes filhos ou sobrinhos de Tom Jobim, que cresce no Rio de Janeiro sob a influência mais marcante da que acabou por ser, com João Gilberto, a grande força catalisadora do fenômeno universal da bossa nova, que o projetou da sanfona para o violão. Com Arrastão (Edu Lobo-Vinícius de Moraes), que também catapultou a carreira de Elis Regina, que a lançou em 1965, Edu Lobo torna-se um clássico instantâneo da música popular brasileira, que numa sequência avassaladora em que junta Upa neguinho (Edu Lobo-Gianfrancesco Guarnieri), Zambi (Edu Lobo-Vinícius de Moraes), Reza (Edu Lobo-Ruy Guerra), Corrida de Jangada e Ponteio (Edu Lobo-José Carlos Capinan) e Pra dizer adeus (Edu Lobo-Torquato Neto) e sua versão To say goodbye (Edu Lobo-Torquato Neto-Lani Hall), entre outras joias raríssimas como Candeias (Edu Lobo-José Carlos Capinan) e As mesmas histórias (Edu Lobo) se impóe do pé pra mão (se isso fosse fácil) como um clássico gigante da música, um dos grandes compositores da história, com essas e muitas pérolas que continuará a fazer com esses e outros parceiros, como Paulo César Pinheiro, Ronaldo Bastos, Cacaso e last but not least Chico Buarque, ou sozinho mesmo, um dos maiores criadores de canções, sempre. Compositorzaço: não é comum peças/canções populares/de consumo (de massa) com três ou quatro partes engenhosamente estruturadas com variações harmônicas e melódicas de tanto efeito e beleza. Seu LP de estreia A música de Edu Lobo por Edu Lobo, selo Elenco, 1965, com arranjos de Luiz Eça e acompanhamento do Tamba Trio, é obra definitiva, e que mostra de cara como ele é o melhor cantor de sua obra.

Duas vezes um caso é que James Anhanguera encontra Edu Lobo uma vez em dezembro de 1973 e outra vez em outubro de 1977 em Lisboa quando ele escala a capital portuguesa para fazer shows e programas da TV no final de digressões à Europa para promover os LPs Edu Lobo, em 73, e Limite das Águas, em 77. O período 73-77, à distância de meio século, afigura-se como uma época de transição decisiva em que o compositor, cantor, violonista e arranjador se debate com e expressa em conversações consigo mesmo e em público as limitações de ordem econômica e política e questões sócioprofissionais e culturais com que se defrontam ele e os grandes colegas de geração, e aqui e agora (2025) mais acachapante é que ele se debate também - e revela detalhes dos debates - com os próprios limites e limitações. Muito crítico em relação ao seu trabalho, a cada passo. À distância de meio século é muito mais clara a labuta do artista de regresso ao Brasil após um exílio voluntário de dois anos em Los Angeles, em que produziu 2-LPs-2 com, entre outros, Hermeto Pascoal e estudou arranjo instrumental e que pega embalo, de Missa Breve (1973) e Limite das Águas (1977), jóias, rumo a Camaleão (1978), que se impõe de cara como obra de maturidade também em termos de produção, um monumento clássico de expressão perene de suas múltiplas qualidades, jamais datada passe o tempo que passar, histórica etapa após travessia de 15 anos + ou - serena, sendo quem é, mas por força das circunstâncias também muito conturbada.
Expõe-se aqui, em dois tempos, um grande artista em laboriosa elaboração de uma fase a outra da carreira em permanente buliçosa ebulição, mais ainda porque essa fase é muito negr
a.

Edu Lobo é filho de Fernando Lobo, natural de Recife, um dos parceiros de seu conterrâneo Antônio Maria e autor de Chuvas de verão, samba-canção de que Caetano Veloso gravou sublime versão em 1969, e do samba Zum Zum, com Paulinho Soledade, grande sucesso popular de que Edu Lobo gravou uma versão no LP Cantigas de longe, feito em Los Angeles em 1970 sob produção de Aloysio de Oliveira, que lançou o disco no Brasil pelo selo Elenco. Deve-se às férias que Edu passou todos os anos em Recife com a família o grande destaque de ritmos e modos da música nordestina na obra do compositor e entre eles o frevo e a ciranda da tradição pernambucana.
Ponto curioso é que Arrastão, com Vinícius de Moraes, parece mais uma canção praieira de Dorival Caymmi, "que tocava violão lá em casa", ao passo que diz que só veio a ouvir Caymmi direito em Los Angeles quatro anos depois de Arrastão. Outro ponto curioso que revela sendas edulobianas permamentes é que Zambi, com Vinícius de Moares, as parcerias com Gianfrancesco Guarnieri para Arena conta Zumbi e Reza, com Ruy Guerra, parecem afro-sambas de Baden Powell-Vinícius de Moraes.
Um universo imenso povoado pela influência de Tom Jobim filho de Heitor Villa Lobos.

EDU LOBO LISBOA DEZEMBRO 1973











silhuetas/sombras em reproduções de fotos de Júlio Gomes de Edu Lobo com James Anhanguera em Lisboa dezembro de 1973


  uma vez um caso

Em dezembro de 1973 Edu Lobo se apresentou em Lisboa e, acompanhado pela consorte, Wanda Sá, teve um longo bate-papo com James Anhanguera publicado com cortes pela censura do regime ditatorial ainda vigente em Portugal com chamada de capa na revista Cinéfilo, de Lisboa, em 10-16 de janeiro de 1974.

Edu, afinal um dos protagonistas mas com obra muito acima de FLA-FLUS, narra em detalhes em longo trecho da entrevista, com muitas informações curiosas de causos da época, os embaraços que a fúria iconoclasta tropicalista lhe causara.

A tropicália foi a chave de ABERTURA a uma visão diferente do FLA-FLU maniqueísta predominante na arte & cultura no Brasil pós-golpe militar de 1964, de bom senso e "bom gosto" na luta contra o arbítrio e as gritantes injustiças sociais, protagonizada em música pelos assim dizer filhos ou sobrinhos de Tom Jobim como Carlos Lyra, Edu Lobo, Sérgio Ricardo, Chico Buarque, Geraldo Vandré, o pessoal da segunda geração da bossa nova, imbuídos em passar a "mensagem" e o "protesto" num enquadramento digamos neo-realista ou nacional popular. Outro pessoal acusava essa turma de elitismo ao desprezar a música pop de (grande) consumo, levando ao pé da letra a palavra-de-ordem de Maiakowski pela qual só existe arte revolucionária com forma revolucionária, e pretendia detonar o Saudosismo com chegas-de-saudade de estridentes guitarras elétricas misturando tudo no caldeirão cultural brasileiro, festa pop e popular e protesto.

A polêmica que presidiu à primeira fase da carreira de Edu Lobo foi central no período e nunca é demais frisar que, pela estatura já assumida em termos de popularidade e reputação artística e também por ser, mais que retraído, muito simpático e discreto, ele esteve bem acima ou além dela. Caetano Veloso resumiu seu ponto de vista em entrevasta histórica no regresso do exílio londrino, não voluntário, à revista Bondinho em fevereiro de 1972:


Outro ponto central da conversa com Edu Lobo em Lisboa foi o difícil parto do então recém-lançado LP Missa Breve, com um lado totalmente preenchido por sua peça homônima (auto-crítica não falta) e o climão de expectativa gerado pelo atraso no lançamento do disco de regresso do auto-exílio, ainda pra mais com a participação de Milton Nascimento, já chefe de fila de uma corrente desbravadora da MPB e tão assoladora que o disco mesmo de Edu, até porque feito também com o auxílio dele mesmo e gente de seu clube da esquina, refletirá influências do "filho" no "pai" (traços de trilhas digamos assim precursoras de Edu são achados por exemplo em Canção do Sal do Milton seminal). Em L.A., enquanto estudava orquestração, Edu trabalhou de novo com Aloysio de Oliveira, produtor de seus primeiros discos, e também com Hermeto Pascoal, Airto Moreira, Tião Neto, Cláudio Sion e outros cobras, como se dizia então, e Sérgio Mendes produziu um LP com pretensões a catapultar Edu Lobo no mundo, o que gerou instigantes, porque muito íntimas, revelações de Edu Lobo na conversa sobre o que achava fosse seu papel no mundo artístico (mais arte, menos comércio), e em que fala das vicissitudes e do espírito solidário da turma da música a braços com as tremendas limitações impostas pela indústria fonográfica brasileira e pela censura política e de costumes (a maior parte destas considerações foram cortadas pela censura portuguesa), e sobre eventos recentes marcantes como O Banquete dos Mendigos no Aniversário da Declaração dos Direitos Humanos das Nações Unidas promovido no MAM do Rio de Janeiro por Jards Macalé e anuncia o show de Milton Nascimento que daria origem ao histórico Milagre dos Peixes Ao Vivo.






















TROPICALIA 


CAETANO VELOSO


ROBERTO CARLOS 


BOSSA NOVA 


ARAÇÁ AZUL  CAETANO VELOSO 







"Ah, eu me visto assim porque quero; O Edu se veste de smoking... isso é problema dele."."



PIORAR PRA IN-FOR-MAR!







EDU LOBO  CANTIGA DE LONGE 1970


 


SERGIO MENDES PRESENTS EDU LOBO 1971

a maior roubada da produção de Sergio Mendes, que com seu Brazil '66 causava urticária aos arautos do anti-comercialismo, como o nosso Anhanguera, foi que ao ser lançado no mercado um de resto improvável homônimo chamado LOBO explodiu nas paradas com um hit chamado ME AND YOU AND A DOG NAMED BOO. LOBO demais na parada.




DORIVAL CAYMMI

- e é curioso que Edu Lobo diga que só foi escutar Caymmi à vera em L.A. em 1969 quando Arrastão parece ser mais uma canção praieira de Caymmi



MILTON NASCIMENTO


NELSON ANGELO


TONINHO HORTA


DANILO CAYMMI


DORI CAYMMI


VINÍCIUS DE MORAES


QUARTETO EM CY


EGBERTO GISMONTI



RUY GUERRA


CHICO BUARQUE



RONALDO BASTOS


FERNANDO BRANT


MARCIO BORGES






O BANQUETE DOS MENDIGOS NO ANIVERSÁRIO DA DECLARAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS DAS NAÇÕES UNIDAS






















































































         WANDA SÁ E EDU LOBO EM LISBOA DEZEMBRO 1973

                                         

                                                                                                          1964

Com versões de Vivo Sonhando, Inútil Paisagem, Vagamente e originais da pesada, como se dizia antigamente, e Quiet Nights (Corcovado) e To say goodbye (Edu Lobo-Torquato Neto-Lani Hall) nesta versão em CD resmaterizado Dubas, em reedição q é uma das obras-primas de Ronaldo Bastos

https://www.youtube.com/watch?v=BsC50SYZRc8

é uma obra-prima subestimadíssima em que a futura Ms. Edu Lobo, aos 19 anos, dá banhos de vocal SEM VIBRATO
Lembra Astrud mas é Wanda - qual Astrud
E que CAST!

Wanda Vagamente, o primeiro disco de Wanda Sá, nasceu um clássico.

Produzido por Roberto Menescal
FEATURING: Roberto Menescal, Eumir Deodato, Luiz Carlos Vinhas, Tenório Jr., Edison Machado, Dom Um Romão, Sérgio Mendes, Rosinha de Valença, Paul Desmond, Ron Carter, Bud Shank, Don Sebesky, Airto Moreira
.

                        Wanda Sá Vaganente 1964       
                                                                                                                                                                      Sergio Mendes,  com  Reza (Edu Lobo-Ruy Guerra)

  WANDA de SAH  1966            
                                                                                                                                                Wanda vem vagamente. Mas fica na gente.      Ronaldo Bôscoli  1964

                    

silhuetas/sombras em/de reproduções de fotos de Júlio Gomes de Edu Lobo com James Anhanguera em Lisboa dezembro de 1973

Edu Lobo reencontra em 1974 e em 1975 seus parceiros históricos Gianfrancesco Guarnieri, com quem escreveu o show Me Dá um Mote, que percorreu várias cidades brasileiras, e Vinícius de Moraes, com quem fez a trilha sonora de Deus lhe pague, peça de Joracy Camargo adaptada por Millôr Fernandes, lançada pela gravadora EMI em LP produzido por Aloysio de Oliveira com arranjos de Bill Hitchcock e Lindolfo Gaya e participação de vários intérpretes.


EDU LOBO LISBOA OUTUBRO 1977


                                          duas vezes um caso

Edu Lobo traça seu riscado ao longo dos anos 1970 como produtor de sua obra, da composição ao arranjo e a arregimentação de músicos com a turma do clube da esquina de Milton, mais Joyce, que é da turma de Edu Lobo desde criancinha e assim sua turma, de Milton, Edu e Joyce, Paulo Moura e Nivaldo Ornellas, Nelson Ângelo, Maurício Maestro, Danilo e Dori Caymmi, Fernando Leporace e piafora, a que aqui junta em mais um golpe de gênio uma grande revelação da Barca do Sol, que levantou âncora num seminário de Egberto Gismonti em Curitiba. Em Limite das Águas o violoncelo, pelas mãos de Jaques Morelembaun, finalmente estreia na MPB com suingue além da conta nas quebradas de um Repente de Edu Lobo-José Carlos Capinan, em disco que marca (abrindo com Uma vez um caso...) a entrada no repertório de Edu Lobo dos versos sincopados e sempre maneiríssimos da mais nova grande revelação da poesia e do (bel)letrismo brasileiros, Cacaso, mais um parceiro antológico que exigirá de Edu nada menos que o melhor.

O follow-up autoral de Missa Breve, de 1976, é uma pérola da música de câmara popular brasileira lançada na Alemanha em 1977 pelo selo MPS, que já em 1966 lançara o antológico LP Folklore e Bossa Nova do Brasil com gravações originais de Edu Lobo, Sylvia Telles, Rosinha de Valença e Dom Salvador Trio com Sérgio Barroso e Chico Batera.
Edu participa do lançamento alemão de Limite das Águas e de regresso ao Brasil faz escala em Lisboa para gravar um programa de TV e promover seu novo trabalho e James Anhanguera se apressa a incluir uma resenha de sua digressão à Europa e do disco no livro Corações Futuristas - notas sobre música popular brasileira, que será publicado na capital portuguesa e distribuído no Brasil em Maio de 1978. Resenha entusiástica de jovem fanático, que tem o mérito de registrar os bons e maus humores de Edu Lobo em relação à repercussão contrastante de seu trabalho no Brasil e no exterior, donde um título do LP que dispensa maiores explicações, quando no Brasil está também (Faltando o ar).








                         

                                     mais uma vez um caso : Camaleão (1978)


 

e que pega embalo, de Missa Breve (1973) e Limite das Águas (1977), jóias, rumo a Camaleão (1978), que se impõe de cara como obra de maturidade também em termos de produção, um monumento clássico de expressão perene das múltiplas qqualidades de Edu Lobo, jamais datado passe o tempo que passar, histórica etapa rumo a uma próxima década e meia de produções brilhantes a começar pelo LP seguinte, tão irretocável quanto, Tempo Presente e Edu & Tom Tom & Edu e O Grande Circo Místico, com Chico Buarque, após travessia de 15 anos + ou - serena, sendo quem é, mas por força das circunstâncias também muito conturbada.
Camaleão é brasilidade musical, histórica e geográfica em carne viva, num conjunto de uma homogeneidade surpreendente pela diversidade estílística do cardápio, que abre com o "manifesto da raça" Lero-lero de Edu Lobo-Cacaso, em que a adaptação musical de Edu Lobo, o arranjo de Dori Caymmi e a letra de Ferreira Gullar fazem do Trenzinho do Caipira da segunda bachiana de Villa Lobos a mais brilhante cantata brasileira e o enleio rítmico e melódico das letras de Cacaso, em embalo lento e espasmódico (Noturno e Descompassado) ou mais acelerado (Canudos, Sanha na Mandinga), projeta a música de Edu Lobo para as dimensões épicas dos seus primeiros grandes clássicos,

 Afirma uma firma que o Brasil confirma:

    ”Vamos substituir o Café pelo Aço”.

Vai ser duríssimo descondicionar o paladar.

                                                                         Cacaso

Cacaso acaso grande humorista, retratista, narrador prosador, compositor de pé quebrado, rima rica negaceio dou a dica tenho a minha solução que Edu Lobo aplica à perfeição, dolente ou requebrado, e encerrando com a versão definitiva do cantautor de Memórias de Marta Saré, sua histórica parceria com Gianfrancesco Guarnieri. Surpreendente é também o perfeito equilíbrio no uso do instrumental a que o orquestrador e regente Edu Lobo chegou em cinco anos desde sua estréia no ofício no LP Missa Breve, dando o mais adequado realce à riqueza plástica dos temas e ao talento dos conjuntos instrumentais e vocais que arregimenta, com Chiquinho do Acordeon a contrapontear os requebros melódicos e rítmicos de quatro faixas mais assanhadas ou um imponente naipe de baixistas elétricos com Maurício Maestro, Luizão Maia, Novelli e Fernando Leporace, muito claros e relevantes dada a captação e mixagem a um passo da perfeição e que ajudam a dar à produção de Sérgio de Carvalho uma surpreendente unidade pela própria diversidade estilística. A sonoridade do conjunto de pérolas de causos e sentimentos de brasileiro de estatura mediana pelas vozes de Cacaso, Ferreira Gullar e Gianfrancesco Guarnieiri é nada menos que épica, mais uma suíte brasileira como a música merece.

Per omnia saecula saeculorum.

TEMPO FUTURO


1982                                                

                                                                          ZIZI POSSI lança TEMPO PRESENTE 1980                                                                                                                                                                  /www.youtube.com/watch?


Per

MÚSICA DO BRASIL DE CABO A RABO

    ciberzine         http://revoluciomnibus.com/LOGO.jpg& narrativas de james anhanguera



Música  do Brasil de Cabo a Rabo é um livro com a súmula de 40 anos de estudos de James Anhanguera no Brasil e na América do Sul, Europa e África. Mas é também um projeto multimídia baseado na montagem de um banco de dados com links para múltiplos domínios com o melhor conteúdo sobre o tema e bossas mais novas e afins. Aguarde. E de quebra informe-se sobre o conteúdo e leia trechos do livro Música do Brasil de Cabo a Rabo, compilado a partir do banco de dados de James Anhanguera.

MÚSICA DO BRASIL DE CABO A  RABO

Você já deve ter visto, lido ou ouvido falar de muita história da música brasileira da capo  a coda, mas nunca viu, leu ou ouviu falar de uma como esta. Todas as histórias limitam-se à matéria e ao universo musical estrito em que se originam, quando se sabe que música se origina e fala de tudo. Por que não falar de tudo o que a influenciade que ela fala sobretudo quando a música  popular brasileira tem sido quase sempre um dos melhores veículos de informação no  Brasil? Sem se limitar a dicas sobre formas musicais, biografia dos criadores  e títulos de   maior destaque. Revolvendo todo o terreno em que germinou, o seu mundo e o mundo do  seu tempo, a cada tempo, como fenômeno que ultrapassa - e como - o fato musical em si. 

Destacando sua moldura
      
nessa janela sozinho olhar a cidade me acalma

dando-lhe enquadramento
           
estrela vulgar a vagar, rio e também posso chorar

... histórico, social, cultural e pessoal.
  Esta é também a história de um aprendizado e vivência pessoal.

De um trabalho que começou há mais de meio século por mera paixão infanto-juvenil, tornou- se matéria de estudo
e reflexão quando no exterior, qual Gonçalves Dias, o assunto era um meio de estar perto e conhecer melhor a própria
terra distante e por isso até mais atraente.
     E que como começou continuou focado em cada detalhe por paixão.                                                             CONTINUA AQUI


CORAÇÕES FUTURISTAS nunc et semper AQUI


MÚSICA DO BRASIL  DE  CABO A RABO
MÚSICA DO BRASIL
 DE  CABO A RABO

                                                   ÍNDICE DOS CAPÍTULOS 
capítulos, seções de capítulos com trechos acessíveis a partir dos títulos, em azul DeLink


     O LIVRO DA SELVA

    Productos Tropicaes E Abertura em Tom Menor

    1. O BRASIL COLONIZADO
        raízes & influências Colônia e Império 
  

       1. A  Um Índio   1. B Pai Grande    1.C  Um Fado 

       2. TUPY NOT TUPY formação de ritmos e estilos urbanos suburbanos e rurais
                                                Rio sec. 19-sec. 20 - Das senzalas às escolas de samba

    Os Cantores Do Rádio   ESTreLa SoBE 

  CARMEN MIRANDA DE CABO A RABO

  fenômeno da cultura de massa do século XX                  

  4. BOSSA NOVA do Brasil ao mundo

    Antonio-Carlos-Jobim-Tom-Jobim .html 

Johnny Alf

5. BOSSA MAIS NOVA o Brasil no mundo 
6.
TROPICALIA TRIPS CÁLIDOS    e a manhã tropical se inicia


Detalhe de cenário de Rubens Gershman para montagem de O Rei da Vela, Teatro Oficina, 1967

 O LIVRO DE PEDRA

  PARA LENNON & McCARTNEY 
  VIDA DE ARTISTA crise e preconceito = inguinorãça
  CAETANO VELOSO

  EDU LOBO
  GILBERTO GIL
  CENSURA: não tem discussão. Não            
 
POE SIA E MÚSICA POPULAR BRASILEIRA
  Milton Nascimento
 
O SOM É MINAS: OS MIL TONS DO PLANETA    
  MARIA TRÊS FILHOS

  (SEMPRE) NOVOS BAIANOS        
  NORDESTONTEM NORDESTHOJE

 
RIO &TAMBÉM POSSO CHORAR  
      Gal Costa Jards Macalé Waly Sailormoon Torquato Neto  Lanny Maria Bethânia
  Conversa de Botequim
  FILHOS DE HEITOR VILLA-LOBOS
 
INSTRUMENTISTAS & INSTRUMENTAL Sax Terror
       
PAULO MOURA    
  SAMBA(S)
BLEQUE RIO UM OUTRO SAMBA DE BREQUE        
  FEMININA

  MULHERES & HOMENS NO EXÍLIO o bêbado exilado & a liberdade equilibrista
  ANGOLA          
  ROCK MADE IN BRAZIL ou
 Quando a rapeize solta a franga

  LIRA PAULISTANA            
  CULTURA DA BROA DE MILHO

  LAMBADA  BREGANEJO AXÉ E SAMBAGODE
 
RIO FUNK HIP SAMPA HOP E DÁ-LE MANGUE BITE RAPEMBOLADA
  DRUM’N’BOWSSA            
  CHORO SEMPRE CHORO     
  INSTRUMENTISTAS
 & INSTRUMENTAL II   SAX TERROR  NA NOVA ERA
  ECOS E REVERBERAÇÕES DO SÉCULO DAS CANÇÕES
  
  DE PELO TELEFONE A PELA INTERNET

   MÚSICA DO BRASIL em  A triste e bela saga dos brasilianos
  
MÚSICA DO BRASIL  em ERA UMA VEZ A REVOLUÇÃO      

 

Elifas Andreato: capa do LP Confusão Urbana Suburbana e Rural de Paulo Moura


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MAPA DA MINA MAPPA DELLA MINIERA

meio século
de psicodelia
e bossa nona

bossa nova
The Beat
Goes ON

a fome
no mundo e
os canibais


as ditas
moles e as
ditaduras


Brasil de
Caminha a
Lula da
Silva

Brasil
a bossa e a
boçalidade
Miconésia
no Pindaibal
Brasil e
A
mer ica
Latina

  contracultura









história
do uso das
drogas

aldous
huxley

henry david
thoreau

ERA UMA VEZ
A
REVOLUÇÃO


poP!

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Maio de 68
 50 do 25 Rumo à
Estação Oriente

A triste
e bela saga
dos brasilianos

La triste
e bella saga
dei brasiliani


Deus e o
Diabo na Terra
da Seca

Música do
Brasil de Cabo
a Rabo

Maionese
a consciência
cósmica


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créditos autorais: Era Uma Vez a Revolução, fotos de James Anhanguera; bairro La Victoria, Santiago do Chile, 1993 ... A triste e bela saga dos brasilianos, Falcão/Barilla: FotoReporters 81(Guerin Sportivo, Bolonha, 1982); Zico: Guerin Sportivo, Bolonha, 1982; Falcão Zico, Sócrates, Cerezo, Júnior e seleção brasileira de 1982: Guerin Sportivo, Bolonha, 1982; Falcão e Edinho: Briguglio, Guerin Sportivo, Bolonha, 1982; Falcão e Antognoni: FotoReporters 81, Guerin Sportivo, Bolonha, 1981.


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Carolina Pires da Silva
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