revoluciomnibus.com      I  ................James Anhanguera
ERa... Uma... Vez ...A ...RevoluÇÃo 25 de abril relato inÉdito  

 

Mas onde está o mal, Sr. Conselheiro, se fuzilarmos alguns padres, alguns proprietários obesos e alguns marqueses caquéticos! Era uma limpezinha!... E fazia o gesto de afiar a faca.   

                                            Eça de Queirós – O Primo Basílio

Libertad! Democracy! Século vinte ao longe!

Pum! pum! pum! pum! pum! PUM!                                      

                                                          Álvaro de Campos

com dados exclusivos de fatos marcantes que o precederam e sucederam dos palcos da história - cafés, casas de espectáculos, repartições, quarteis, meandros políticos, comunicação social (directo da Rádio Renascença) e submundo.

O 25 acontece de chofre - duma hora para outra. Mas não se dá de uma hora para outra. Acontece a conta-gotas para quem viveu o dia a dia do caquético regime salazarista-marcelista. A queda do regime é impensável até a publicação de Portugal e o Futuro, que culmina um processo de saturação de tudo e de quase todos pelo ultraesclerosamento da ditadura colonialista herdada de Oliveira Salazar por Marcelo Caetano. O 17 de Março, em que os estrategas do MFA testaram o ânimo das tropas aliadas e das fieis ao regime, dá-se quando o talk of the town é o best-seller do velho general com o diagnóstico do grau de enfermidade do regime e cuja publicação o ditador de ocasião não pôde evitar. A partir de então a queda do regime, mais tarde ou mais cedo, passou a ser possibilidade concreta. Mas ninguém pensava que pudesse acontecer tão cedo nem da noite para o dia.

      E como o 25 não se deu de um dia para o outro  revoluciomnibus.com publica também trechos de   com o relato do narrador Edgar Lessa da vida a conta-gotas nos bastidores artístico-literários e dos mass media no quinquenio da chamada Primavera Marcelista.

       Algumas inserções poderão dar a impressão de não terem nada a ver mas em sequência registam vivazmente o que se pensava, como se vivia, o que se lia e via e não se lia e via e o que (não) se dizia nos meandros jornalísticos, artísticos e culturais nos estertores da ditadura.

      Alguns protagonistas têm nomes fictícios. Mas todos são figuras públicas notórias. Verídicos como datas e fatos históricos mencionados ou relatados em detalhe neste relato inédito.

DAQUI  Primavera Marcelista 

DAQUI   último semestre do regime

DAQUI  a partir da madrugada de 24 para 25 de Abril de 1974

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