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     Disco Básico 

jorge tem 7 vidas 7 vidas tem jorge

 
 É VERDADE SEM MENTIRA CERTO MUITO VERDADEIRO

A Tábua de Esmeralda, LP de 1974. Jorge Ben inicia a que talvez tenha sido a quarta fase das 7 vidas de sua carreira, se poderemos dividi-la em - PRIMEIRA FASE: a das seminais Mas Que Nada e Chove Chuva a País Tropical, desde o LP Samba Esquema Novo (1963) - SEGUNDA FASE: com o Trio Mocotó - também de violão e percussão, samba misto de maracatu e também comanche (Domenica), e a que por si só é uma (TERCEIRA) FASE, a do LP Ben, outro >DISCO BÁSICO<, antecessor de A  Tábua de Esmeralda, que pode parecer um sucedâneo de Ben ou das FASES anteriores em sambas "puros" ou mistos de maracatu como O Homem da Gravata Florida, Menina Mulher da Pele Preta ou Minha Teimosia, mas em que um dos três arranjadores - Osmar Milito, Darcy de Paulo, Hugo Bellard [revoluciomnibus.com busca apurar quem foi o fautor  (Bellard, parece)] - deu uma de Paul Buckmaster, o arranjador dos primeiros antológicos bolachões de Elton John (em verdade co-responsável pelo marcante sucesso artístico da arrancada do cantautor inglês), que fez escola e como, como se via também por este >DISCO BÁSICO<  e, com as cor-cosmico-das de Os Alquimistas Estão Chegando Estão Chegando os Alquimistas, Errare Humanun Est e Eram os Deuses Astronautas fez de um disco quase  totalmente acústico (ou não fosse o baixelétrico) uma das experiências mais psicodelicamente eletroacústicas ou eletroacusticamente psicodélicas da história. No Brasil. Sem mais - ou sintetizadores - ou com mais sim aquela flauta viajandante em Magnólia e muito bem aplicado recurso a câmara de eco em trechos de algumas faixas parece até uma viagem hendrixiana. Do grande contributo de Jorge Ben para o ramo brasileiro da soul music (yeah, também tem disso!), o rhythm'n'blues e o funk se disse pouco ou nada e há muito a dizer sobretudo à luz do duplo LP seguinte Gil&Jorge, outro  >DISCO BÁSICO<, e África-Brasil, em que - aí sim - Ben goes electric (quinta, sexta... fase?! - ó Deuses!), baixo e guitarra-solo, centro, de meia ou ponteiro-de-lança africano: Camisa 10 da Gávea ou Umbabarauma. Salve simpatia, salve Jorge que tem 7 vidas e com esse aí deu mais um grito do vira do Ypiranga ao Chuí e espaços infinitos&tesimais. E cuja perenidade é atestada por como a moçada do século XXI o curte - per forza. Pelo grande sucesso de Menina Mulher da Pele Preta em pleno século XXI como... como xote!?! COMO O QUÊ. É o samba misto de maracatu ou maracatamba, é o samba-rock, é o samba-xote meu irmão. Mas em compensação quero ver o boogie-woogie de pandeiro e violão - e é o que Ben Jor dá desde Mas Que Nada e Chove Chuva.

Original como nele só tem em A Tábua de Esmeralda de sobra, como o instigante riff de base do violão de Hermes Trismegisto e o balanço de andamentos diferentes (só dele) de O Homem da Gravata Florida e Namorado da Viúva. De Memphis à rua do Matoso, na Tijuca, bairro residencial do Rio de Janeiro de onde de uma só vez saíram Roberto e Erasmo Carlos, Tim Maia e esse Ben, jor, e daí para o mundo em Namorado da Viúva, como mesmo em O Homem da Gravata Florida, ele faz a preestreia de Gil&Jorge e África-Brasil, seus dois grandes ensaios de samba-soul e samba-funk, um (também quase eletro)acústico (tamanha é a vibração dos dois) outro eletrochocante & chacoalhante.  

O samba-enredo do crioulo doido neste disco mistura alquimia, Eram os Deuses Astronautas, ETs, Zumbi, as coisas que se pode comprar com CR$ 10,00, Hermes Trismegisto e sua celeste tábua de esmeralda, mengão, as propriedades das gravatas floridas (com essa gravata até eu...), São Tomás de Aquino.

Jorge Ben é um poeta do avesso, desses que descobrem a vida das palavras a partir de uma aparente inocência de criança, escreveu Augusto de Campos em Balanço da Bossa & Outras Bossas a propósito de Ben, o disco anterior, em que à falta de melhor define como estranha a letra de As Rosas Eram Todas Amarelas, que começa com "o que parece uma enumeração caótica" mas é a citação de títulos de quatro livros de Dostoievski, e de fato ele n-a-r-r-a como um raro que usa palavras em que talvez ninguém pensasse que encadeadas dariam música e encaixa ao que transparece na base de se não tem tu vai tu mesmo e canta como fala ou vice-versa que "lendo o livro de um poeta da mitologia contemporânea sofisticado senti que ele era". Narrar é com ele mesmo. Até jogo de futebol, em Fio Maravilha em Ben e Camisa 10 da Gávea ou Umbabarauma (Um Ponta de Lança Africano) em África-Brasil. Na-mo-ra-do é vocábulo sentado, daqueles que EM PRINCÍPIO jamais se prestariam a uma linha melódica estruturada em balanço esfuziante e ele vai e dá-lhe as síncopes dobrando as sílabas centrais e fazendo o povo dançar dançando pelo insuspeitável balanço dela - na-mo-mo-ra-ra-do da viúva em que a paroxítona final do "refrão" cai a matar. Em parte d'A Tábua parece que ele está digerindo literatura do tipo O Mistério das Catedrais e está saindo da leitura do best-seller Eram os Deuses Astronautas de Erich Von Daniken, e conclui - nem deuses nem astronautas, eram os deuses astronautas - nem deuses! nem deuses!... Só Jorge.   

                                    

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 Música  do Brasil de Cabo a Rabo é um livro com a súmula de 40 anos de estudos de James Anhanguera no Brasil e na América do Sul, Europa e África. Mas é também um projeto multimídia baseado na montagem de um banco de dados com links para múltiplos domínios com o melhor conteúdo sobre o tema e bossas mais novas e afins. Aguarde. E de quebra informe-se sobre o conteúdo e leia trechos do livro Música do Brasil de Cabo a Rabo, compilado a partir do banco de dados de James Anhanguera.

         

          CORAÇÕES FUTURISTAS nunc et semper  AQUI   

 

   Você já deve ter visto, lido ou ouvido falar de muita história da música brasileira da capo  a coda, mas nunca viu, leu ou ouviu falar de uma como esta

  Música  do Brasil de Cabo a Rabo

   Todas as histórias limitam-se à matéria e ao universo musical estrito em que se originam, quando se sabe que música se origina e fala de tudo.

   Por que não falar de tudo o que a influencia e de que ela fala sobretudo quando a música popular brasileira tem sido quase sempre um dos melhores veículos de informação no Brasil? Sem se limitar a dicas sobre formas musicais, biografia dos criadores  e títulos de maior destaque. Revolvendo todo o terreno em que germinou, o seu mundo e o mundo do seu tempo, a cada tempo, como fenômeno que ultrapassa - e como - o fato musical em si. 

             Destacando sua moldura

       dessa janela sozinho olhar a cidade me acalma

                dando-lhe enquadramento

       estrela vulgar a vagar, rio e também posso chorar...

                  histórico, social, cultural e pessoal. 

         Esta é também a história de um aprendizado e vivência pessoal.

    De um trabalho que começou há quatro décadas por mera  paixão infanto-juvenil, tornou-se matéria de estudo e reflexão quando no exterior, qual Gonçalves Dias, o assunto era um meio de estar perto e conhecer melhor a própria terra distante e por isso até mais atraente. E que como começou continuou focado em cada detalhe por paixão.                    

Música do Brasil de Cabo a Rabo

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  O LIVRO DA SELVA 

      Productos Tropicaes   e   Abertura em Tom Menor

        1.    O BRASIL COLONIZADO

                raízes & influências Colônia e Império   

               1. A  Um Índio     1. B  Pai Grande    1. C   Um Fado  

        2.     TUPY E NOT TUPY 

formação de ritmos e estilos urbanos suburbanos e rurais    

    Rio sec. 19-sec. 20 - Das senzalas às escolas de samba

        3.     Os Cantores Do Rádio    

                   a  ESTreLa SoBE

              CARMEN MIRANDA DE CABO A RABO

                                                     fenômeno da cultura de massa do século XX

                        

        4.     BOSSA NOVA do Brasil ao mundo      

                Tom Jobim   INÚTIL PAISAGEM  

                    de Rumo à Estação Oriente 

      5.  BOSSA MAIS NOVA o Brasil no mundo

 

  O LIVRO DE PEDRA

        PARA LENNON & McCARTNEY           

        VIDA DE ARTISTA crise e preconceito = inguinorãça

        CENSURA: não tem discussão. Não            

        POE SIA E MÚSICA POPULAR BRASILEIRA

        O SOM É MINAS: OS MIL TONS DO PLANETA        

        MARIA TRÊS FILHOS

        (SEMPRE) NOVOS BAIANOS         

        NORDESTONTEM NORDESTHOJE

       RIO &TAMBÉM POSSO CHORAR       

       FILHOS DE HEITOR VILLA-LOBOS

INSTRUMENTISTAS & INSTRUMENTAL

              Sax Terror      

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       BLEQUE RIO UM OUTRO SAMBA DE BREQUE        

       FEMININA

       MULHERES & HOMENS NO EXÍLIO

             o bêbado exilado & a liberdade equilibrista

       ANGOLA          

       ROCK MADE IN BRAZIL

             ou Quando a rapeize solta a franga

       LIRA PAULISTANA            

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