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Brasil de Caminha a Lula da Silva

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Anhanguera explora o bandeiranditismo brasileiro 350 anos depois de desbravar o sertão goiano para JK nele implantar Brasília.

Com o boom economico da Era Lula na segunda parte dos anos 2000 o Brasil chega a ser visto como nova superpotência e é-lhe atribuído status de protagonismo na cena política internacional como o maior entre os países latino-americanos que se incorporam na crescente onda de governos de esquerda.

Os latino-americanos, como na Venezuela, encheram o saco da prepotência da velha oligarquia corrupta e precisam acreditar no milagre da redenção, mas como o México acabam por abraçar de novo o PRI velho de guerra - uns e outros não fazem grande diferença, nem no engano e no volume do roubo. A nova superpotência Brasil não vingou e o governo dito de centro-esquerda é derrubado por um golpe (baixo) institucional em meio à incapacidade administrativa e a um tsunami de denúncias de corrupção. E o Brasil permanece parte nem importante do resto do mundo que tanto faz.

Esquerda-direita, 1-2: QUE DIFERENÇA FAZ?

 

A língua portuguesa carecia de um guia condensado com uma visão idiomática global (transcontinental) do Brasil, superando uma visão apenas local (e circunstancial) dos fenômenos.

O relato parte de uma perspectiva da realidade em movimento pendular do presente à história e da história ao presente e é a primeira compilação do gênero feita por um brasileiro com duas décadas de vida na Europa, sobretudo em Portugal, onde (quase) tudo teve a sua origem. Isto permite-lhe retratar a realidade com uma visão distanciada e enformada em como se vive e pensa no mundo que formatou o Brasil e o autor. Via de regra brasileiros conhecem (mal) uns poucos pontos do globo. O que dá ao relato uma perspectiva única.

O formato visou manter uma narrativa sóbria, clara e objetiva do tipo jornalístico com uma visão geral e profunda do Brasil ontem e hoje.

 

   2015-2020 - PREFACIO 2020

 

 MÃOS LIMPAS, LAVA JATO
 a bossa e a boçalidade

 

Queste cose succedono solo in Sud America, nelle repubbliche delle banane – Giuliano Ferrara, 2020
Até nisso Itália e Brasil têm algo em comum, como se cumprissem trajetórias paralelas, salvaguardadas as distâncias – culturais e de desenvolvimento: expurgos por corrupção provocam graves crises institucionais.
Acusa-se a Operação Mãos Limpas de tirar o poder de Bettino Craxi para pô-lo no colo de Silvio Berlusconi e - piorɁ - do Movimento 5 Stelle. Craxi, o líder socialista dos anos 1980, é dado pelos críticos da ação das Mani Pulite como o governante mais competente em 48 governos de meio século da chamada I República italiana, sobre que a operação do ministério público de Milão pôs uma lápide.
A purga provocada pelos promotores seria para os críticos o instrumento principal de uma conspiração para minar de vez a ordem político-institucional do pais, que Craxi só governou por quatro anos e esteve quase sempre sob a batuta do partido da Democracia Cristã, com ramificações do Vaticão ao maçonismo, serviços secretos, CIA e cosa nostra.
Do mesmo modo a Operação Lava Jato é acusada de ter tirado o poder do Partido dos Trabalhadores após 13 anos de governação petista para dá-lo de bandeja a Jair Bolsonaro.
É o que dá acreditar cegamente na Justiça quando esta – em nome de quais interesses? - põe demagogicamente a luta contra a corrupção acima de tudo, mesmo do regime democrático de direito.
A Lava Jato teria sido também um trampolim para o juiz que julgou os processos por ela gerados em três anos, Sérgio Moro, catapultado à mais alta esfera política.
Antonio Di Pietro, o catalisador da força-tarefa das Mãos Limpas, também cometeu deslizes éticos e/ou morais, de que se desculpou e basta. Finda a operação o magistrado também ensaiou uma carreira política num dos novos partidos de centro-direita no início da chamada II República, dominada por Berlusconi, mas cedo caiu fora da política.
A Mani Pulite não condenou ninguém sem provas ou sem fortes indícios dos delitos, como as confissões dos socialistas Craxi, Claudio Martelli e Gianni De Michelis de participação no esquema de propinas entre empresários a partidos vigente no tempo em que a Itália estava sob o domínio da CIA e da DC e era o porta-aviões mais  geoestratégico do Mediterrâneo.
Sérgio Moro condenou duas vezes Lula, o ex-presidente e líder do PT, que não confessou nada, sem provas, argumentam os críticos da Lava Jato. Sua cruzada anticorrupção ficou indelevelmente manchada quando se sabe que atuou para tirar Lula da vida política brasileira, agiu em prol da eleição de Jair Bolsonaro e trocou a magistratura pelo posto de ministro da Justiça do novo presidente com um olho numa vaga no Supremo e outro na sua sucessão.
A trajetória do ex-juiz tornou mais claro o interesse político numa ação que segundo as primeiras interpretações estaria a demonstrar que a nova geração de magistrados brasileiros estava determinada a banir a impunidade do Brasil.
Quando eclodiu o escândalo do mensalão, em 2005, Sérgio Moro estudou a fundo o processo das Mani Pulite e com seus ensinamentos quanto a filigranas jurídicas e como tentar superar embargos da justiça montou um plano para eliminar Lula e o PT que escancarou as portas do poder para a extrema-direita. O escândalo do petrolão foi um prato cheio para a oposição direitista, que após trinta anos voltou a assanhar-se com o perigo comunista, seja isso o que for.
Vira e mexe, uns e outros dá no mesmo. Década após década, do pedágio de PC Farias em Brasília no governo Collor a vultosas somas de dinheiro achados em cuecas em alfândegas de aeroporto e 50 e tantos milhões de reais encontrados num bunker de um deputado e ex-ministro em Salvador, os brasileiros encheram o saco de, vai direita e vem esquerda, e vice-versa, ver roubalheira a rodos e o país a afundar cada vez mais.
Do mesmo modo na Itália o bordel alegremente corrupto e mafioso em que Berlusconi se criou irritou de mais os italianos, mesmo durante os governos Craxi, quando o país vivia o segundo boom econômico depois de quase uma década de chumbo. Boom provocado em grande parte pela criatividade da grande, pequena e micro indústria e do artesanato local, não a governos paralíticos como os de Craxi, que nesse aspecto se limitava a surfar na onda e, por tabela, tirar os benefícios possíveis.
Trinta anos de Brasiliana e Pau Brasil no país do Collorgate
deu na irresistível ascensão da extrema-direita, em regresso insuspeitável da boçalidade escancarada (escrachada).
Seis anos depois a Operação Lava Jato, que mandou prender um ex-presidente e vários políticos e empresários de ponta do setor da construção civil, não mudou uma vírgula no ambiente de vampiranhismo, vale-tudo, e não indica nenhuma mudança de cenário, mudam as moscas, enquanto inexiste uma sociedade civil propriamente dita com alguma ideia que chame de seu um país dividido em casa-grande e senzala.
O pote transbordou com a burocracia a travar o desenvolvimento, sendo sobretudo a teia do propinoduto, e gerou alta dose de intolerância aos políticos e fenômenos como Berlusconi, cria de Craxi, e Beppe Grillo, talvez de um gênero novo de político, comunque vecchia maniera, e no Brasil deu numa potencial ditadura militar fake.
Italia é Italia e ela lá se ajeita agora na UE. O Brasil para já desandou, desorientado, incapaz de acordar para uma ideia do que fazer, com cada vez menos bossa e mais boçalidade.

Se cobrir vira circo, se cercar é hospício – Maurício Tapajós-Aldir Blanc

on-line

ilustrado
Diario de Bordo 2015-2020 on-line

http://revoluciomnibus.com/BRASILdeCAMINHA_SLIDES_4.pdf
animado
https://www.youtube.com/watch?v=piQ4VcHdrZU
com ajuda no som de Gabriel o Pensador  e Rashid

 

versão de trechos em PDF

trechos em PDF em blocos temáticos alegóricos ilustrados

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apresentação

Brasil a Pique

Brasil dividido

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rascunho

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Welcome

to hell

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esquerda

direita

- que diferença faz?

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outra apresentação

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TRECHOS

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videotecos apresentações gerais e trechos em formato videobook


elaborados a partir da primeira versão do texto em português de Portugal  

sob o signo de O resto do mundo de Gabriel o Pensador e Diário de Bordo - Parte II  de Rashid

acessíveis também em youtube.com/revoluciomibus 
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A Fome no Mapa do Brasil: foto de Vilma Lobo Abreu - reprodução do Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 1993/setembro/12

 

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