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Rio de Janeiro e Salvador - fevereiro de 1996
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por Marcinho VP no alto da favela.
Na entrevista colectiva, dada pouco antes de Jackson
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Brasil: clip de Michael Jackson em favelas gera
protestos
Rio de Janeiro, 1 Fev (Tom Atho) - O anuncio da
realizacao de um videoclip de Michael Jackson em
favelas do Rio de Janeiro e em Salvador da Bahia
causou violentos protestos de um membro do Governo
do Estado do Rio de Janeiro.
O Secretario da Industria, Comercio e Turismo,
Ronaldo Cesar Coelho, contactou segunda-feira os
Ministerios brasileiros da Justica e das Relacoes
Exteriores, em Brasilia, para inteirar-se sobre a
legislacao brasileira de vistos de entrada no
pais.
Os jornaisbrasileiros de hoje insinuam que Coelho
podera' ter tentado impedir a entrada no pais de uma
equipa do realizador Spike Lee e do cantor Michael
Jackson, com chegada no Rio de Janeiro prevista para
06 de Fevereiro.
Lee foi contratado por Jackson para gravar o seu
proximo clip, uma faixa do CD "HIStory" intitulada
"They Don't Care About Us" ("Eles nao se preocupam
connosco").
"Tenho mulher e dois filhos que me amam/ Agora sou
vitima da brutalidade da policia/ Estou farto de ser
vitima do 'odio", diz um trecho da letra.
"Demagogia, bobagem", disseram mesmo os que
discordam de uma eventual proibicao da concessao do
visto de entrada a Lee, Jackson e companhia.
"Nem preto ele 'e mais, quanto mais preto de
favela", disse o "roqueiro" Lobao.
Todos acreditam, a partir da simples mencao do
titulo do clip, que a equipa de Lee e Jackson ira'
explorar os aspectos mais miseraveis da favela a
escolher, entre a de Dona Marta ou a da Rocinha.
"No momento em que estamos tentando resgatar a
cidade, em que somos candidatos a sediar as
Olimpiadas de 2004, um clip desse (tipo) pode ser
devastador", acentuou o Secretario estadual, Coelho.
"Se ele quer mostrar miseria, 'e so' ir ao Harlem,
em Nova York. Esse nao 'e um problema so' nosso" -
acrescentou, crente de que "They Don't Care About
Us" podera' "denegrir" ainda mais a imagem do Rio de
Janeiro.
Muita gente concorda com o Secretario, mesmo que ele
apelasse 'a proibicao do visto de entrada a Lee e
Jackson.
"Para gravar qualquer coisa nos Estados Unidos, 'a
gente tem' que apresentar o script e precisa de
autorizacao", disse o director do nucleo de
telenovelas da TV Globo, Paulo Ubiratan, ao "Jornal
do Brasil.
"'A gente esta'" querendo levantar o Rio e vem um
megastar para mostrar so' a nossa miseria. Por que
ele nao vai para 'Africa ou Nova Orleans, que 'e
cheia de favelas?" - inquiriu Ubiratan,
indignado.
"Podridao por podridao, eles tem a deles",
acrescentou um conhecido artista plastico, juntando
lenha 'a polemica que promete interessantes
desdobramentos no futuro proximo.
"O que denigre 'e o fato de essas favelas existirem.
Agora vamos ficar com essa hipocrisia de dizer que
isso nao existe? Nao vai denegrir coisa nenhuma" -
discorda um compositor famoso por cancoes de louvor
'as louras.
Polemica por polemica, com a sua atitude, Cesar
Coelho quer mesmo e' "desviar a atencao dos
problemas do Rio", acusou o actor e compositor Mario
Lago.
A porta-voz do Ministerio brasileiro das Relacoes
Exteriores, Vera Machado, disse quarta-feira "nao
estar em cogitacao negar qualquer pedido de visto ao
cantor", informou hoje o jornal "O Globo", do Rio de
Janeiro.
Segundo a porta-voz, caso se desloque ao Brasil,
Jackson nao tera' a entrada negada.
"Nao se pode esconder uma realidade", comentou ainda
a porta-voz.
O Grupo Olodum, de Salvador da Bahia, que
participara' no clip, a partir de 08 de Fevereiro,
acredita que Spike Lee mostrara' a "nova face" do
Pelourinho, bairro do centro historico da cidade,
que conheceu em 1995
Miseria por miseria, Lee e Jackson poderiam talvez
querer exibir os alagados (favelas em palafitas),
existentes junto 'a Baia de Todos-os-Santos.
A Prefeita (equivalente a Presidente da Camara) de
Salvador, Lidice da Mata, espera que Michael Jackson
entenda "que deve mostrar mais o esforco da
populacao, de maioria negra, para acabar com a
pobreza, do que o lado negativo".
O compositor Carlinhos Brown, "coqueluche" do verao
com o super-sucesso "Uma brasileira", nao se importa
com o que Jackson venha a fazer: ele "tem a
obrigacao de mostrar todas as faces, ja' que ele
proprio tem uma face mutante", disse.
A polemica em torno da terceira deslocacao de
Jackson ao Brasil tambem assumiu aspectos de
"baixaria".
Michael Jackson "e' um homossexual politicamente
correcto, que quer fazer demagogia 'as custas da
miseria brasileira e insiste nesse projecto de
embranquecimento ilicito, travestido de diversas
molestias cutaneas", disparou o poeta Geraldo
Eduardo Carneiro.
O "Jornal do Brasil", um dos principais jornais do
Rio de Janeiro publica hoje um artigo de opiniao em
que reage com virulencia ao projecto de Jackson de
filmar cenas na favela do Morro Dona Marta ou na
Rocinha, escrevendo:
"O que Michael Jackson quer 'e livrar-se do seu
inferno astral, exportando uma imagem de preocupacao
social tao original quanto o seu visual
plastificado, mas eficiente para compensa'-lo
financeiramente da perda de mercados como o
americano".
Tom Atho/Fim
rasil: clipe de Michael Jackson em favelas gera
protesto
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‑ Brasil - Michael Jackson na favela: clima de
liberdade em Portugal lembrado na polemica
Rio de Janeiro, 02 Fev (Tom Atho) - Protestos das
autoridades locais, editoriais de jornais e, ate',
uma simpatica mencao 'a "liberdade de filmar" em
Portugal: continua intensa a polemica em torno do
"clip" que Michael Jackson ira' realizar numa favela
carioca.
O cantor norte-americano tem chegada ao Rio de
Janeiro prevista para 11 de Fevereiro, numa viagem
que tambem incui uma estada em Salvador, com o
realizador de cinema Spike Lee, para gravar cenas do
videoclip "They Don't Care About Us".
O Governo do Estado do Rio de Janeiro chegou a
cogitar proibir a equipa de Lee e Jackson a filmar
nas favelas as cenas que ilustrarao os versos da
cancao, incluida no ultimo CD do cantor, "HIStory",
e que falam da miseria urbana.
As autoridades estaduais receiam que as imagens
colhidas e montadas por Spike Lee possam "denegrir"
ainda mais a imagem da cidade, que busca
precisamente regenera'-la, apos anos de ma' fama
internacional.
Fonte do Ministerio da Justica, em Brasilia,
expressou o "constrangimento" do Ministro Nelson
Jobim por um telefonema recebido pelo seu chefe de
gabinete, no qual um membro do Governo estadual
pediu a proibicao da entrada da equipa no Brasil.
"Nao ha' nada que o Ministerio da Justica possa
fazer, ou pretenda fazer, a respeito desse pedido",
garantiu a fonte, citada pelo jornal "O Globo", do
Rio de Janeiro, quinta-feira, dia do anuncio oficial
da concessao do visto.
"Muito pior do que uma eventual exposicao das
favelas brasileiras seria a pessima repercussao
internacional de um veto como esse", acrescentou o
assessor de Jobim.
"A realidade a ser mostrada no clip pode nos
angustiar, mas nunca nos envergonhar", concordou o
Prefeito (equivalente a Presidente da Camara) do Rio
de Janeiro, Cesar Maia, que pretende convencer
Jackson a actuar no Rio no proximo reveillon.
Spike Lee garante que nao viajara' para o Brasil
apenas para gravar cenas de miseria, quando a
poderia mostrar "nos guetos de Nova York".
O realizador norte-americano atribuiu a origem da
polemica a um politico "que deve estar a querer
candidatar-se a alguma coisa".
A "carapuca" cabe perfeitamente na cabeca do
Secretario da Industria, Comercio e Turismo do
Governo do Estado, Ronaldo Cesar Coelho, que chegou
a tentar convencer o produtor do clip a enviar-lhe o
guiao das filmagens para exame previo.
"Ele deve 'e estar com vergonha porque nunca fez
nada pela favela", reagiu por seu turno um morador
da favela do morro Dona Marta, no bairro de
Botafogo, onde Spike Lee podera' colher imagens.
Uma voz ergueu-se no meio da polemica para elogiar o
clima de "liberdade de filmagem" que se tem em
Portugal - a da realizadora Daniela Thomas,
co-autora do filme "Terra Estrangeira", de 1995.
Ela lembrou quinta-feira que as exigencias feitas
pelas autoridades portuguesas 'a equipa foram
"minimas" e que os profissionais brasileiros nao
tiveram "problema algum" para filmar no pais
"Nao nos pediram nenhuma informacao previa sobre o
filme. A liberdade foi total" - disse a realizadora
ao "Globo".
Tom Atho/Fim
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do morro Dona Marta, no bairro de Botafogo, onde
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Lidice da Mata, espera que Michael Jackson entenda
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Brasil: Michael Jackson parte, polemica "esquenta"
Rio de Janeiro, 13 Fev (Tom Atho) - O Michael
Jackson regressou hoje aos EUA, apos quatro dias no
Brasil para gravar trechos de um videoclip, mas a
polemica em torno das suas gravacoes numa favela do
Rio de Janeiro continua.
A polemica, iniciada ha' oito dias com a decisao de
um juiz de proibir a gravacao do videoclip na favela
do morro Dona Marta, "esquentou" com as reaccoes das
autoridades policiais 'as gravacoes ali feitas
domingo por Jackson.
As gravacoes do cantor, sabado, em Salvador da
Bahia, tambem continuam em destaque nos noticiarios,
apos fonte da Policia Militar (PM) da capital baiana
ter anunciado segunda-feira a abertura de um
inquerito sobre a participacao de soldados na
gravacao do clip.
Destacados para fazer a seguranca de Jackson, os 200
soldados da chamada "Tourist Police", o batalhao da
PM do Pelourinho (centro historico de Salvador),
acabaram por actuar como figurantes na futura peca
promocional do 'ultimo CD do cantor, "HIStory".
A equipa do realizador Spike Lee seguia o cantor com
as cameras ligadas onde quer que ele fosse, e
Jackson chegou a gravar uma cena em que corre -
supostamente a fugir - 'a frente dos "PMs".
Noutra cena gravada sabado no Largo do Pelourinho,
Jackson - que fazia mimica e dancava ao som do tema
do clip, "They Don't Care About Us" (Eles nao se
importam connosco) - tirou o cacetete de um soldado
e o exibiu triunfante enquanto "cantava".
O comando da PM baiana nao gostou nada desta cena,
captada e difundida amplamente pelas emissoras de
televisao brasileiras.
As negociacoes da equipa de producao de Michael
Jackson com representantes do controlador do trafico
da favela, Marcinho VP, para obter a autorizacao de
gravar na favela Dona Marta, assumiu o primeiro
plano na polemica "Rio de Janeiro versus Michael
Jackson".
Um suposto acordo entre a produtora norte-americana
do videoclip e os traficantes foi recebido como uma
afronta 'a autoridade publica pelo comando da
policia do Rio de Janeiro.
O director da Policia Civil, inspector-delegado
Helio Luz, condenou o cantor e Spike Lee por
supostamente terem pago a VP para gravar, domingo,
num panoramico terraco no alto da favela.
"Pode-se filmar onde se quiser, gratuitamente, no
Rio de Janeiro, porque nao ha' 'area de proteccao na
cidade, e qualquer um pode filmar que nao vai ter de
pagar a ninguem", garantia o delegado na tarde de
segunda-feira, quando Jackson fazia compras em
Ipanema.
O Secretario de Seguranca do Governo do Estado,
general Nilton Cerqueira, manifestava entretanto a
conviccao de que "alguem teve de pedir autorizacao a
alguem" para gravar no alto do morro Dona Marta.
O general, que concluia a sua primeira conferencia
de imprensa para correspondentes estrangeiros,
comecou por censurar os orgaos de informacao
brasileiros pela extraordinaria repercussao da
presenca de Michael Jackson no seu pais.
"Existem artistas melhores no Brasil que a imprensa
nao ecoa, e ecoa so' esse alienigena", lamentou o
general, que logo a seguir manifestou incomodo pela
repercussao nos jornais cariocas de uma conferencia
de imprensa dada por Marcinho VP no alto da favela.
Na "colectiva" improvisada, concedida pouco antes de
Jackson aparecer no terraco da casa que serviu de
base e cenario da producao do clip, Marcinho VP
acusou as autoridades de terem abandonado as
populacoes faveladas.
Com cerca de dois mil habitantes, a favela do morro
Dona Marta 'e uma das mais pobres da cidade, com
esgostos a ceu aberto e pelo menos 60 por cento das
suas criancas vitimas de conjuntivite.
O chefe do trafico do Dona Marta disse tambem na
entrevista que os traficantes do Rio estao a pensar
em fazer "guerra" 'a Policia Militar.
Marcinho VP garantiu que "qualquer quadrilha"
podera' matar um "PM" por dia.
O Secretario de Seguranca do Rio de Janeiro
indignou-se ao ser-lhe manifestada estranheza pelo
facto de a policia nao prender um homem que
exibiu-se domingo, sem disfarces, a um "batalhao" de
reporteres.
"Como 'e que os jornalistas encontram-se com
Marcinho VP e a policia nao o encontra?" - perguntou
um jornalista.
"Se a policia soubesse onde eles (os traficantes)
estao, ja' os teria prendido", limitou-se a
responder general.
Jackson chegou e partiu deixando um rastro de
polemicas escaldantes, mas paradoxalmente a
impressao por ele causada nesta sua terceira estada
no Brasil foi a de um "astro" simples, simpatico e
paciente.
Com tanta polemica, ninguem investigou a identidade
do casal de criancas que acompanhou o cantor - longe
das cameras, sempre de mascara - na sua excursao ao
Brasil.
O "astro" assentiu inclusive em fazer uma declaracao
atraves das cameras da TV Globo ("I love you,
Brazil", disse textualmente) e chegou ao ponto de -
sorridente e de "pele superbranca", como foi por ela
definida - beijar a face da reporter negra que o
abordou.
"A polemica em torno da vinda de Michael Jackson
conseguiu ate' restituir ao cantor a condicao de
negro", admirou-se o realizador de cinema Arnaldo
Jabor em comentario no principal telejornal da TV
Globo, na noite de segunda-feira.
A equipa de Spike Lee realizou 20 horas de gravacoes
em Salvador e no Rio de Janeiro, de que serao
aproveitadas apenas dois minutos no clip.
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Brasil: suspense em torno da gravacao de videoclip
de Michael Jackson
Rio de Janeiro, 08 Fev (Tom Atho) - Informações
contraditorias dominam o noticiario do dia a
proposito da polemica em torno da gravacao de um
videclip de Michael Jackson numa favela do Rio de
Janeiro.
A editora do cantor norte-americano, Sony Music,
chegou a anunciar a meio da tarde de quarta-feira
que Jackson cancelara a deslocacao no Rio de Janeiro
para participar nas gravacoes na favela do morro
Dona Marta, no bairro de Botafogo.
Motivos do cancelamento: a grande repercussao da
divulgacao do projecto do cantor de gravar parte do
clip no Rio de Janeiro e o atraso na concessao do
visto de entrada de Jackson no Brasil, que so' seria
autorizado na noite de quarta-feira.
Mais tarde, porem, um funcionario da mesma editora
diria nao haver qualquer alteracao nos projectos do
cantor, que deveria chegar ao Rio sexta-feira para
participar nas gravacoes do videoclip no proximo
domingo.
Em Salvador da Bahia,, membros do bloco Olodum
anunciavam entretanto uma mudanca de planos na
producao do clip: Jackson teria desistido de gravar
no Rio e decidido aparecer apenas nas cenas na
capital baiana, inicialmente marcadas para a proxima
semana.
O cantor teria a sua chegada a Salvador prevista
para sexta-feira, segundo directores do Olodum, que
participara' nas gravacoes, no Pelourinho - centro
historico da cidade -, com 200 percussionistas.
A policia de Salvador montou um esquema de seguranca
semelhante ao utilizado aquando da visita do Papa
Joao Paulo II 'a cidade, em 1991.
220 soldados da Policia Militar cercarao as entradas
do bairro para evitar a aproximacao de populares e
as lojas nao abrirao no sabado, dia em que a equipa
de Jackson, dirigida pelo realizador Spike Lee,
devera' gravar entre as 07 e as 22 horas.
A noticia do possivel cancelamento da deslocacao de
Michael Jackson ao Rio de Janeiro coincidiu com o
anuncio da decisao de um juiz-desembargador do
Tribunal de Justica deste Estado brasileiro de
suspender a proibicao das gravacoes na cidade.
"Mostrar a pobreza nao 'e denegrir a imagem de uma
cidade e sim chamar a atencao para aquilo que os
governantes do mundo inteiro parecem nao fazer:
preocupar-se com os pobres", disse o juiz Humberto
Perri no seu despacho.
Nele, o juiz alega tambem que "indeferir a feitura
do clip, em 'ultima analise, significa voltar aos
tempos da odiosa censura previa".
A autorizacao das gravacoes fora suspensa por 20
dias por ordem de um juiz do Tribunal de Fazenda
(Financas) do Rio na segunda-feira.
No dia seguinte, o juiz recuou, reduzindo a
proibicao para cinco dias, o que nao inviabilizaria
a realizacao do videoclip, apenas a adiaria de
domingo para segunda-feira.
Nesse mesmo dia, Spike Lee disse em entrevista a um
jornal carioca que a proibicao da gravacao faria com
que o Brasil parecesse "uma republica das bananas".
O realizador de "Do The Right Thing" e "Malcolm X"
afirmou quinta-feira ao mesmo jornal nao saber de
nenhuma mudanca nos planos de gravacao de Michael
Jackson no Brasil.
O produtor do clip, o norte-americano Butch
Robinson, fez no mesmo dia uma tomada de cenas na
favela do morro Dona Marta, mas foi impedido,
supostamente por um emissario de traficantes de
drogas, de fotografar algumas áreas.
O suposto emissario orientou os acompanhantes
brasileiros de Robinson sobre os locais que nao
deveriam ser fotografados, informou hoje o jornal
"Folha de Sao Paulo".
"E' terrivel que haja gente a viver assim. E'
triste, mas esta 'e a sua realidade" - comentou o
produtor, apos ter visto esgotos a ceu aberto e mal
cheirosos e casebres de madeira encavalitados no
declive 'ingrime do morro.
O "tiro" do Secretario de Industria, Comercio e
Turismo do Governo do Estado do Rio de Janeiro,
Ronaldo Cesar Coelho, contra gravacoes do clip na
favela Dona Marta, saiu pela culatra.
Segundo o Secretario, ao mostrar a miseria na
favela, Jackson pretenderia "denegrir" a imagem da
cidade - e esse foi o argumento que levaria o juiz
do Tribunal de Fazenda do Rio de Janeiro a proibir
as gravacoes.
A noticia deu a volta ao mundo atraves dos
telejornais, que acabaram por mostrar em detalhes
imagens da favela, dando muito mais publicidade
internacional 'a miseria ali reinante do que as
cenas a incluir no videoclip de Jackson poderiam
dar.
A grande maioria dos comentaristas brasileiros
considera que o episodio acabou por dar uma pessima
imagem do Rio de Janeiro e do Brasil, de que a
cidade "maravilhosa" seria um espelho.
Tom Atho./Fim
nnnncenas na capital baiana, inicialmente marcadas
para a proxima semana.
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