revoluciomnibus.com  James Anhanguera ERa Uma Vez A RevolUÇÃo  ...IV ERa Uma Vez A RevoluÇÃO que fazer?

Também não entendo porque se diz que os bancos e as companhias de seguro estatizados depois do 11 de Março foram ‘nacionalizados’ se os poucos interesses do capital internacional da praça permanecem intocados e tudo o que foi desapropriado pertencia ao que o escriba brazuca chama de clérigo agropastoril de Salazar.

Os bancos agora são ‘do povo’ mas os grandes capitalistas tiveram mais que tempo de pôr todo o dinheirinho que cá tinham a salvo. Perderam só o capital investido em indústrias e jornais, o que já não é pouco. A Casa Piano na Rua do Ouro, uma das sucursais portuguesas dos negócios de uma família de ‘brasileiros’ no Rio, fechou e no seu lugar abriu uma loja de artesanato chamada Era Uma Vez Um Cambista.

 Aonde isto vai parar, entre o ‘socialismo em liberdade’ proposto pelo PS e o semi-espontaneismo anarcoide actual que promove uma avalanche de ocupações de herdades agrícolas no Ribatejo e Alentejo e de grandes, médias e pequenas empresas em todo o país? O mano assegura, pelo que ouviu das fontes mais diversificadas, que tudo estará definido até ao final do ano.

            Vencer a batalha da produção é a grande palavra de ordem do momento, repetida ao ponto do enjoo em campanha propagandística da 5a. Divisão do EMFA e todos e cada um dos representantes das ‘autoridades’.

           A pressão de agricultores e operários com ocupações de herdades e fábricas e nas ruas é cada vez maior e há muito as autoridades perderam o controle dos acontecimentos. A onda da moda é a das unidades colectivas de produção e da ‘banca do povo’ e, seja o que for, a bola está quando muito nos pés dos mencheviques. Nem a URSS parece propensa a incentivar uma Cuba na ponta esquerda da Europa, com a Aliança Povo Unido como cabeça-de-ponte para a tomada da base americana nos Açores, nem os EUA irão consentir a instauração de uma pseudo ditadura do proletariado no canto de cá do continente. Sartre aqui está mais a sua Beauvoir a dizer que eleições é ‘ratoeira de idiotas’, mas o Maio de 68 redundou no reforço do gaullismo. Que fazer? – é ainda a questão.

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