40 anos da tragédia do Sarriá

                     do histórico scudetto da Roma de Falcão

        e do nascimento do futebol-indústria na Itália

                                                 

     5 de julho de 1982 – 14 de maio de 1983   

   1982-85 · 2022-2025

                        Falcão 
                          Zico Sócrates
                               Cerezo Júnior Dirceu
                                          Edinho  Batista  Pedrinho
                                                   Juary Elói Luvanor
                                                                                                      

                   James Anhanguera

  A triste

  e bela

  saga dos

  brasilianos

                           da tragédia do Sarriá às arenas italianas

                   Leia o livro e assista o jogo 30 anos depois

            AO VIVO DIRETO DO BERÇO DO FUTEBOL-INDÚSTRIA

  A triste

  e bela

  saga dos

  brasilianos

        da tragédia do Sarriá às arenas italianas

O oitavo rei de Roma

O Doutor Diretas 

Rebuliço na corte do rei Arthur  

Rei morto... fim da Monarquia 


   veja e leia A triste e bela saga dos brasilianos   em italiano

ebook formati EPUB MOBI PDF in vendita acquista ebook 

da qui

      ◄

videoclip teaser trailer play

       ciberzine   & narrativas de james anhanguera

 

  A triste

  e bela

  saga dos

  brasilianos

        da tragédia do Sarriá às arenas italianas

     segundo capítulo - segunda parte 

 

        Xenofobia   - o mal de Sócrates

 

      Sócrates é apenas uma abstração filosófica

      O tom é cru, direto e duro: 

      Como muitos estrangeiros Sócrates veio para a Itália em pleno declínio

      O enésimo ataque - e talvez o mais impiedoso - é feito por um conjunto de feras do futebol italiano em reportagem sobre o jogador publicada pelo semanário Europeo, onde o brasiliano é dado como exemplo-padrão da má política de aquisição de estrangeiros por equipes italianas nos últimos anos.

      Fala Gianni Brera, o decano dos colunistas esportivos italianos:

     - Sócrates é muito devagar. E com o Brasil, que é uma esquadra de ingênuos soberbos, como demonstrou na última Copa, nunca ganhou nada. Além disso, a Fiorentina deste ano é uma equipe toda errada. Não tem pontas e conta com transportadores de bola voluntariosos mas pouco lúcidos, como Massaro e Iachini,  e um excelente carrasco de meio campo como Pecci. Diz-se que passam poucas bolas ao brasiliano, mas por que deveriam passar, com aquele seu ar superior e todos os bilhões que ganha graças aos ricos italianos que nisso são ainda mais ingênuos que os brasileiros?

    A reportagem analisa as desventuras de Sócrates desde que chegou à Itália como o calcanhar de Deus que poderia repetir a façanha de Julinho, Júlio Botelho, ídolo viola em 55-58, e do nero Amarildo, que encantou Florença em 68-69. Fala do político e sindicalista e do jogador, que segundo a revista tocou o fundo do poço com a comovente oração nos vestiários do Estádio Olímpico após o Roma-Fiorentina.

    Para o cineasta Franco Zeffirelli, especialista nas últimas horas de Cristo, a via crucis de Sócrates tem por base o eterno problema: Sofre de saudade, o mal sutil que vitimou tantos exilados sul-americanos, entre eles o mítico Julinho, diz o tifoso honorário da Fiorentina, que de resto é o único a botar água na fervura: Os fiorentinos são maus e impacientes, esquecem que até gente como Falcão e Platini nos começos italianos tiveram que dar duro. Vamos dar um tempo a este pobre Sócrates, em vez de crucificá-lo.

    A revista italiana elenca o anedotário florentino referente a Sócrates, o Doutor Divago: Se nos servia um intelectual amante de Antonio Gramsci bastaria pegar um estudante de letras, não um jogador de cinco bilhões de liras.

    Erro básico do jogador, segundo Europeo: ter vindo para a Itália com ar de profeta que revela verdades sociais. Ao contrário as suas famosas idéias políticas são revolucionárias num país atrasado como o Brasil, não entre nós. Para nos limitarmos ao calcio, os nossos profissionais da bola são os mais sindicalizados do mundo, têm feito conquistas importantíssimas. Não têm nada a aprender com Sócrates.

   Erro básico da família Pontello, segundo Europeo: ao contratar Sócrates, não ter redimensionado o espaço para a liderança da equipe violeta, antes guiada pelos carismáticos Passarella e Antognoni.

  Segundo boatos correntes o antigo administrador-delegado da Fiorentina, Italo Allodi, demitiu-se quando os Pontello começaram a falar em Sócrates. Não vejo com bons olhos na Fiorentina uma personalidade indisciplinada e original, um ás desdenhoso de concentrações e capaz de fumar mais de 40 cigarros por dia - terá dito Allodi meses atrás.

   A reportagem sobre a via crucis de Sócrates beira a xenofobia, termo que como sabemos significa aversão a estrangeiros e que deriva do grego xenos: presente. Presente de grego! No caso, a Fiorentina? Curiosamente a matéria foi publicada cinco dias antes de quatro brasileiros, entre eles Sócrates, se destacarem marcando gols importantes para as suas equipes. Precioso e elegante o toque de Sócrates Brasileiro, escreve a Gazzetta dello Sport sobre o gol com que o Doutor permitiu à Fiorentina sair de Cremona com um empate.

  - Não tem nada de mais. Nós é que somos onze, acho, e quando dois ou três estão mal nasce logo um caso - desdramatiza Batista, outro herói de domingo.  

            ΖΣΝΌΨΌβΐΔ

  Curioso também o ráptus xenófobo quando, segundo a mesma Gazzetta, entre os 10 melhores jogadores do campeonato italiano sete são estrangeiros, entre eles Toninho Cerezo (o mais bem pontuado) e Júnior (segundo e o melhor do Torino).

  Agora o capitão não tem nada a perder, porque as derrotas estão todas às suas costas, sentencia a reportagem, ilustrada com um close da cara do jogador, cabisbaixo, no vestiário do Olímpico, e outra em que De Sisti está com os dedos em riste e na sua frente, parecendo olhar para ele com desdém.

  Para quando a redenção?

   

        

 

  A triste

  e bela

  saga dos

  brasilianos

O oitavo rei de Roma

O Doutor Diretas 

Rebuliço na corte do rei Arthur  

Rei morto... fim da Monarquia

 

    o quadrinho do

                                                        

 

Parece como com uma mulher. Fica-se sem saber se não se olhou bem as outras ou se só o Guerin Sportivo nos fazia ver o balé do futebol em toda sua beleza plástica.

Havia outras revistas talvez mais bonitas que o Guerin. Mas nenhuma tinha fotografias com a qualidade estética do "velho" semanário bolonhês (fundado em 1912) "de crítica e política esportiva" que os jornalistas de todas as publicações ou seções de esporte de publicações de informação geral no estrangeiro consultavam nem que fosse só para ver  como se deve fotografar um esporte como o futebol, que faz com que todos os participantes se movam em total harmonia ou então em grande contraste de movimentos.

Reproduzindo ao longo da narrativa de A triste e bela saga dos brasilianos algumas fotos históricas do Guerin queremos também render homenagem a um dos melhores produtos entre os muitos de raríssima qualidade com que a "douta e gorda" Bolonha encanta o mundo.

     

                    

                                 

                          

                           

 

  A triste

  e bela

  saga dos

  brasilianos

ir para próximo trecho

voltar para trecho anterior

 MAPA DO SITE    MAPA DA MINA           revoluciomnibus.com        

  ciberzine & narrativas de james anhanguera              QUEM SOMOS        e-mail

to the rhythm of the gentle bossa nova  

  narrativas de rock estrada e assuntos ligados 

   MÚSICA DO BRASIL

      DE  CABO A RABO

Notícias

             do          

   Tiroteio

A Fome no Mundo e os Canibais 

meio século de psicodelia e bossa nova

a triste e bela saga dos brasilianos do desastre de Sarriá às arenas italianas


 la triste e bella saga dei brasiliani dalla strage di Sarrià alle arene italiane

  Eternit    alvenaria    móveis das casas bahia sambagode   breganejo   rap funk & derby azul  no  sacolão  do  faustão

Novelas & Trivelas  

Boleros & Baladas

 

  LusÁfricabrasileira

   lusáfricabraseira

           você está aqui    

revoluciomnibus.com eBookstore

 

acesse a íntegra ou trechos de livros de james anhanguera online a partir DAQUI

revoluciomnibus.com - ciberzine & narrativas ©james anhanguera 2008-2022

créditos autorais: Era Uma Vez a Revolução, fotos de James Anhanguera; bairro La Victoria, Santiago do Chile, 1993 ... A triste e bela saga dos brasilianos, Falcão/Barilla: FotoReporters 81(Guerin Sportivo, Bolonha, 1982); Zico: Guerin Sportivo, Bolonha, 1982; Falcão Zico, Sócrates, Cerezo, Júnior e seleção brasileira de 1982: Guerin Sportivo, Bolonha, 1982; Falcão e Edinho: Briguglio, Guerin Sportivo, Bolonha, 1982; Falcão e Antognoni: FotoReporters 81, Guerin Sportivo, Bolonha, 1981. E-mAIL

educação diversão desenvolvimento humano

facebook.com/ james anhanguera twitter.com/revoluciomnibus instagram.com/revoluciomnibus youtube.com/revoluciomnibus

TM .........................

Carolina Pires da Silva e James Anhanguera

TM