A canção da estrada
the white lines on the freeway tema
recorrente da vida de artista no país-continente do refúgio das
estradas do refúgio nas estradas rodoviárias aéreas e
ferroviárias, hoteis, moteis, cortinas, limusines, palcos,
holofotes, solidão
Faixas de
dois discos com referências diretas ao tema fascinante do
motor country, a motor home por excelência, o país sobre rodas
e com asas, de que - de onde parte a melhor ficção da terra
que alargou a fronteira de Leste a Oeste e de Norte a Sul de
um oceano a outro, do Hemisfério Norte ao Hemisfério Sul, com
o Canadá perfeitamente integrado quando se fala em termos de
rock e do outro lado do rock,
a rotina
feérica:
I took a ferry to the highway
Then I drove to a pontoon plane I took a plane to a taxi And a
taxi to a train I´ve been traveling so long How´s I ever going
to know my home when I see it again - Black Crow;
rock de
ponta a ponta seja ele Ludwig ou Brahms ou jazz, a par com a
vida de artista (For Free, Freeman in Paris, For the Roses) e
os homens (Willie, Blue, Coyote, Conversation - y´ name it) e
mulheres (Amelia,Cherokee Louise).
Tema da contraparente Carole
King com obsessão concentrada em uma pílula, So far away, em que
a narradora que viaja - afinal sempre ausente - reclama das
ausências.
Estrada, sina e rima e em
1984, quando viajava de carro com o marido Larry Klein, então
seu baixista e co-produtor, sofreu um acidente de que, segundo
ela, só escaparam porque estavam num big
car. O trauma foi imortalizado
pela artista em Dog Eat Dog.
el cantor non tiene
residencia fija; su morada está donde la noche lo sorprende, su
fortuna en sus versos y su vos
Domingo Sarmiento:
Facundo - 1848
"running away with honor."
..." it's leaving the dream, no
blame"
"A doce solidão de uma viagem
solitária."
|
Numa madrugada de 1965 a cantora
canadense Judy Collins recebe um telefonema do amigo novaiorquino
Al Kooper, então tecladista do Blues Project e cunhando o icônico
órgão eletrônico no som mais inovador de toda a carreira de Bob
Dylan, entre Highway 61 Revisited e Blonde on Blonde.
Al falava do Canadá, onde acabara de conhecer a jovem Joan Alberta
Anderson, que lhe mostrara algumas composições de sua autoria que
o deixaram fascinado. Joni casa-se em Toronto e se separa em três
semanas de Chuck Mitchell, com quem entretanto viaja para Detroit,
onde havia uma pequena colônia de artistas canadenses entre os
quais Tom Rush, que não marca touca e inclui Urge for Going em seu
repertório. Em pouco tempo Judy Collins gravava Michael From
The Mountains e Both Sides Now, o primeiro e um dos
maiores sucessos de Joni Mitchell.
Song to a seagull, o
primeiro LP de Joni Mitchell (1968) , foi produzido por David
Crosby, eminência do The Byrds, e quem toca baixo elétrico numa
faixa é Stephen Stills, membro do Buffalo Springfield e amigo de
Crosby. Mais do que coincidência, por toda a carreira a musicista,
poeta e pintora cativa quantos (grandes) artesãos da música
encontra pela estrada e vai armando o que em uma de suas primeiras
obras chamou The Circle Game.
I could drink a case of you /
And still be on my feet. Os dois versos de A Case Of You,
que lançará em Blue (1971), são apenas um exemplo entre a
miríade de casos poéticos avassaladores criados por uma criadora
de casos íntimos e universais que é um dos maiores músicos do
final do século XX, por si mesma e pelo Circle Game que vai
armando em sua vida e carreira, de Crosby e Stills a Charles
Mingus, Jaco Pastorius, Wayne Shorter e Herbie Hancock. Originais
e versões de composições lançadas por terceiros no início da
felizmente longa e venturosa estrada provam que a cantora,
violonista e pianista é sua melhor intérprete. Sobre timbre de
metal e extensão vocal rara, canta na base do malabarismo sobre um
fio de arame, já muito madura, na passada do relato frenético de Talk
to Me, em Don Juan´s Reckless Daughter, engata a
cacarejar como a galinha (ela mesma) do relato, e comenta em balão
de quadrinhos, pois o ouvinte do que poderia ser apenas um fio de
voz perigosamente situada em registros de um wide
range contralto de larguíssima abarangência e
arriscando ainda mais em frequentes tergiversações do grave
possível ao pico dos Himalaias, não raro em versos livres que a
obrigam a esticar ou encolher como que aleatoriamente as melodias,
quantas vezes sobre estruturas harmônicas assaz complexas e
afinações de violão só dela, e como se não bastasse interpretando
os relatos das letras (diálogos muitas vezes) em música com
modulações vocais (ao cacarejo), fica de respiração suspensa à
espera que descambe. O que nunca acontece. A récita de
I Don´t Know Where I Stand, de Clouds, termina com
Joni a vocalizar em trêmulo discreto a flauta. E Joni nunca
produziu (auto-produziu, no seu caso, porque quase sempre se
produz ou co-produz) um disco que não estivesse acima da média;
entre 1968 e 78 disparou uma dezena de albums que se costuma
chamar obras-primas.
Vale a imagem do malabarista
também para a especificidade do que escreve e a cara de pau
desconcertante com que revela como em um diário aberto sua
privacidade - talvez a um passo mas sem alguma vez cair no
pieguismo ou na vulgaridade, situando o ouvinte/leitor no
epicentro da sua vida (à primeira vista, lá longe nos primórdios,
insuspeitavelmente) vulcânica com um intimismo deveras intimidante
- aliás, muito no gênero de outro conterrâneo celèbre, Leonard
Cohen, que em 1970 lança à arena Songs of Love and Hate e,
entre outras jóias, obras-primas da insanidade artística e humana
como The Butcher. Joni, não. Talvez por seu Circle
Game - sua távola redonda ou o que fosse - inicial se formar
entre cavaleiros muito cavalheiros, ou quem sabe por delicadeza,
canta como se as experiências por que passa não deixassem grandes
ferimentos e cada situação nova seja não mais uma mas a que
precede as que estão para vir.
A painter derrailed
by circunstance, Joni cumpre em narrativa
literária o programa de Anaïs Nin, em registros de intimidade
intimidante e intimidatória derrama-se nos diários e nos
auto-retratos que periodicamente publica nas capas de seus discos,
os diferentes volumes dos seus diários de bordo, na estrada
onipresente entre refúgios em MOteis em que expõe a criação da ida
sem volta, em vida, da vida de uma jovem educada conforme o
figurino, como se vê na terceira faceta de sua vida de artista - a
música é o centro e que desenvolve à medida que amadurece a partir
de bases sólidas que são as que revela na adolescência de Chelsea
Morning e Both Sides Now: plenamente capacitada
para a música e para a poesia ou crônica e como desenhista e
pintora. Expõe-se a nu e insolente e altiva, dona de si, do verbo
e do som em floração orgânica e sem peias, individuada,
esteticamente descentrada, erotizada, intimidatória até nos riscos
que corre sem correr, de descambar no vulgar ou escorregar em
vocalises de matar ou morrer que envolve - em ambos os casos -
intimidatoriamente a contraparte, amante ou ouvinte.
Eloquente e exustiva, do que quer
que fale sobre sua vida de artista e mulher dos pós-guerras de
guerras, cinismo e destruição.
.............
..I Came To The City...
|
Out Of The City
And Down To The Seaside...
|
Ladies of the Canyon, em que já
entra de gozação com a nova vizinhança de Los Angeles, para onde
se muda de Nova York Laurel Canyon, a grande e bela comunidade de
Crosby, Mama Cass, the Monkeys, Frank Zappa e Captain Beefheart
(... ), entre outros zil, após os primeiros sucessos, off Sunset
Boulevard, é o disco em que Joni Mitchell passa a burilar com o
sangue frio, talento, perspicácia, perseverança, determinação e a
firmeza que lhe seria muito peculiar a tessitura e a trama da
música além da forma de balada ou canção e que muitas vezes (Coyote,
de 1976, por exemplo, também só como um exemplo entre muitos) soa
disforme, em peças de estilo muito próprio e PECULIARES. De Joni
Mitchell.
A estrutura das canções, que serve a textos magistralmente
articulados e burilados (Both Sides Now, Circle Game...),
passa a servir a narrativas caudalosas e intrincadas em estilo
livre, que esboçam sua inclinação para a linguagem do jazz e além,
fundando em Hejira uma estética arrojada e despojada irmã
da liberdade formal e da riqueza cromática de Weather Report (Mingus),
dilatando o léxico de tema e forma, e de Blue chega ao(s) blues e
Old Furry Sings the Blues, Hotel Room Blues
e Goodbye Pork-Pie Hat, em timbres muitíssimo amplos e nos
agudos muito louros, muito loucos, como dirá em Mingus now we
are black and white e uma década depois now we are black
and white in the flashy (anywhere´s) night.
E já no alvorecer da longa jornada (38 anos de discos e shows), em
For Free, com Paul Horn soprando delicado um clarinete de
doer e que na origem da canção era o do kevin-ayersiano Lol
Coxhill, Woodstock, Big Yellow Taxi - they
paved paradise and put up a parking lot -, Urge for
Going, The Circle Game, Willie, mostra que,
contra todas as aparências, Joan / Joni não veio ao mundo apenas
para as baladas (Ou Goodbye Pork- Pie Hat). For the
roses, 1972:
C A N A D I A N C O N N E C T I O
N
The
Last Waltz
Canadian
Connection no Circle Game do rock - ou que lhe pareça
- deu ao mesmo forte impulso para a transcendência:
The Band, Judy Collins, Tom Paxton, Leonard
Cohen, Neil Young, a que em 1970 se junta e passa como
um meteoro Melanie Safka (Lay Down e Beautiful
People). Óbvio, The Last Waltz, Martin Scorsese. The
last Band.
|
Laura Nyro, Joni Mitchell
Joni Mitchell described Nyro as
'holy wine in the bloodstream'. Nyro's track 'Captain for Dark
Mornings' is one of Mitchell's top ten ever.
''vinho sagrado na corrente sanguínea''
Eli and the Thirtheenth Confession,
seu disco de 1969, em muitas passagens baseado em piano e voz
(vocais também incluídos) parece prenúncio da grande arte
composicional da canção como ex-canção ou base de um trabalho de
muitas variáveis e variações e vocal (e vocal - os vocais de Laura
Nyro são eles também fora-de-série em timbre, extensão e audácia)
de Joni Mitchell.
her 1993 album Walk the Dog and
Light the Light in particular gaining much acclaim, co-produzido
por Gary Katz, o mago do Steely Dan & many others. Curioso é q
em 1993 ela ecoa Joni Mitchell em várias ocasiões nesse GRANDE
DISCO.
revoluciomnibus.com/pop-Laura_Nyro.html
Diz (Joni
Mitchell A Life Story: Woman of Heart and Mind Full DVD acessado em setembro 2020 ) que de início
como hobby imitava Joan Baez e Juddy Collins (que a lançou com
o nº 1 hit Both Sides Now) e de saída na carreira topou com
Laura Nyro (Captain for dark mornings)
e seu revolucionário estilo livre de cantar e compor canções e
assume a ponta Route 1970s afora, quando a estrela de Nyro
brilhou em outras áreas, numa de outsider, que Joni é a seu
modo e torna-se ela mesma um astro e sensacional variante de
grande cantora e intérprete, compositora, letrista,
instrumentista (piano e guitar) e cover (e cover-up) designer.
helped
define an era and a generation
Joni Mitchell: resumo biográfico convencional em https://en.wikipedia.org/wiki/Joni_Mitchell
Roberta Joan "Joni" Mitchell, (nee Anderson;
born November 7, 194 3) is a Canadian singer-songwriter and
painter. Mitchell began singing in small nightclubs in
Saskatchewan and Western Canada and then busking in the streets
and dives of Toronto. In 1905, she moved to the United States
and began touring. Some of her original songs ("Urge for Going",
"Chelsea Morning", "Both Sides, How ", "The Circle Game ") were
covered by folk singers, allowing her to sign with Reprise
Records and record her debut album in 1968. Settling in Southern
California, Mitchell, with popular songs like "Big Yellow Taxi"
and "Woodstock", helped define an era and a generation. Her 1971
recording Blue was rated the 3Oth best album ever made in
Rolling Stone's list of the "500 Greatest albums ofTil Time".
Joni switched labels and began mowing toward jazz rhythms by way
of lush pop textures on 1971's Court and Spark, her best-selling
LP. featuring the radio hits "Help Me " and "Free Man in Paris"
Her wide-ranging contralto vocals and distinctive open-tuned
guitar and piano compositions grew more harmonically and
rhythmically complex as she explored jazz, melding it with
influences of rock and roll, R&B, classical music, and
non-western beats. In the late 197Os, she begem working closely
with noted jazz musicians, among them Jaco Pastorius, Wayne
Shorter, Herbie Hancock, Pat Metheny, and Charles Mingus, who
asked her to collaborate on his final recordings. She turned
again toward pop, embraced elecTronic music, and engaged in
political protest.
She is the sole record producer credited on most of her albums,
including all her work in the 1970s.
With roots in visual art, she has designed her own album art
work throughout her career. A blunt critic of the music
industry, she quit touring and released her 17th, and reportedly
last, album of original songs in 2007. She describes herself as
a "painter derailed by circumstance".
Joni has deeply influenced fellow musicians in a diverse range
of genres, and her work is highly respected by critics. AllMusic
said, "When the dust settles, Joni Mitchell may stand as the
most important and influential female recording artist of the
late 2Oth century ", and Rolling Stone called her "one of the
greatest songwriters ever". Her lyrics are noted for their
developed poetics, addressing social and environment ideals
alongside personal feelings of romantic longing, confusion,
disillusion, and joy.
Joni Mitchell:
discografia
...................... álbuns de
estúdio
1968 Song to a Seagull
1969 Clouds
1970 Ladies of the Canyon
1971 Blue
1972 For the Roses
1974 Court and Spark
1975 The Hissing of Summer Lawns
1976 Hejira
1977 Don Juan´s Reckless Daughter
1979 Mingus
1982 Wild Things Run Fast
1985 Dog Eat Dog
1988 Chalk Mark in a Rain Storm
1991 Night Ride Home
1994 Turbulent Indigo
1998 Taming the Tiger
2000 Both Sides Now
2002 Travelogue
2007 Shine
................ |
According to Mitchell, the album was
written during or after three journeys she took in late
1975 and the first half of 1976. The first was a stint as
a member of Bob Dylan's Rolling Thunder Revue in
late 1975. During this time period, she became a frequent cocaine user,
and it would take several years for her to kick the
addiction.
In February 1976, Mitchell was scheduled to play about six
weeks of concert dates across the US promoting The
Hissing of Summer Lawns. However, the relationship
between Mitchell and her boyfriend John Guerin (who was
acting as her drummer on the string of dates) soured,
possibly due to Mitchell's fling with director Sam Shepard during the
Rolling Thunder Revue. Tensions became so fraught that the
tour was abandoned about halfway through.
The third trip came soon after when Mitchell traveled
across America with two men, one of them being a former
lover from Australia. This trip inspired six of the songs
on the album. She drove with her two friends from Los
Angeles to Maine, and then went back to
California alone via Florida and the Gulf of Mexico. She
traveled without a driver's licence and stayed behind truckers,
relying on their habit of signaling when the police were
ahead of them; consequently, she only drove in daylight
hours.
During some of her solo journeys, Mitchell donned a red
wig, sunglasses, and told the varying strangers she met
that her name was either "Charlene Latimer" or "Joan
Black." Despite the disguise, Mitchell was still sometimes
recognized.
During the recording of her albums Court and Spark and The Hissing of
Summer Lawns, Mitchell grew
increasingly frustrated by the rock session musicians who
had been hired to perform her music. "...There were grace
notes and subtleties and things that I thought
were getting kind of buried." The session musicians in
turn recommended that Mitchell start looking for jazz
instrumentalists to perform on her records. In addition,
her relationship with drummer and musician John Guerin
(which lasted through a significant portion of the
mid-1970s) influenced her decision to move more towards
experimental jazz music and further away from her folk and
pop roots.
After recording the basic tracks that would become Hejira,
Mitchell met bassist Jaco Pastorius and they
formed an immediate musical connection;[6] Mitchell
was dissatisfied with what she called the "dead, distant
bass sound" of the 1960s and early 1970s, and was
beginning to wonder why the bass part always had to play
the root of a chord.[7] She
overdubbed his bass parts on four of the tracks on Hejira and
released the album in November 1976.[6]
Dominated by Mitchell's guitar and Pastorius's fretless bass, the album
drew on a range of influences but was more cohesive and
accessible than some of her later more jazz-oriented work.
"Coyote", "Amelia", and
"Hejira" became concert staples especially after being
featured on the live album Shadows
and Light alongside "Furry Sings the
Blues" and "Black Crow".
Album title - The album title is an unusual
transliteration of the Arabic word more commonly rendered
as Hegira or Hijra,
which means "rupture", usually referring to the migration
of the Islamic prophet Muhammad (and his companions)
from Mecca to Medina in
622. She later stated that when she chose the title, she
was looking for a word that meant "running away with
honor." She found the word "hejira" while reading the
dictionary, and was drawn to the "dangling j, like in Aja... it's leaving
the dream, no blame".
Songs - Mitchell has described the album as "really
inspired... there is this restless feeling throughout
it... The sweet loneliness of solitary travel", and has
said that "I suppose a lot of people could have written a
lot of my other songs, but I feel the songs on Hejira could
only have come from me."
After not performing live since 2002,
Mitchell played "Furry Sings the Blues" (as well as "Don't
Interrupt the Sorrow" from The Hissing of
Summer Lawns and "Woodstock" from Ladies of the
Canyon) during her birthday tribute at Massey
Hall on June 18 and 19, 2013. This was
Mitchell's final public performance to date.
|
Segundo Joni Mitchell o álbum foi
escrito durante e depoiis de três viagens que fez no
final de 1975 e na primeira metade de 1976. A primeira
foi como membro da Rolling Thunder Revue
de Bob Dylan no final de 1975. Nesse período ela fez uso
frequente de cocaína, e levaria anos para por fim ao
vício. Em fevereiro de 1976 Joni estava escalada para
uma série de seis semanas de shows Estados Unidos fora
para promover The Hissing of Summer Lawns. No
entanto a relação de Joni e o namorado John Guerin
(baterista na série de datas) crispou, talvez devido ao
envolvimento de Joni com Sam Shepard durante a Rolling
Thunder Revue. A tensão cjegou ao ponto de fazer com que
a tour fosse abandonada a meio caminho.
A terceira viagem deu-se logo depois quando Joni
atravessou a América com dois homens, um deles sendo um
ex-namorado da Austrália. A viagem inspirou seis canções
do álbum. Ele dirigiu com os dois amigos de Los Angeles
ao Maine, e depois voltou sozinha para a Califórnia via
Flórida e Golfo do México. Ela viajou sem carteira de
condução e se mantinha atrás de caminhões, fiando no
hábito dos caminhoneiros de sinalizar a aproximação de
polícia à frente deles; por isso, dirigiu só durante o
dia.
Em algumas de suas andanças a sós Joni portava uma
cabeleira vermelha e óculos escuros e dizia a
desconhecidos que encontrava que se chamava Charlene
Latimer ou Joan Black. Apesar do disfarce, algumas vezes
foi reconhecida.
Nas gravações de seus álbuns Court and Spark e The
Hissing of Summer Lawns Joni frustrou-se com os músicos
de rock contratados. "Havia grace notes (notas
ornamentais) e sutilezas e outras coisas que que não
apareceram." Os músicos de sessão sugeriram-lhe que ela
corresse atrás de instrumentistas de jazz. Para mais,
sua relação com o baterista John Guerin (que durou por
uma boa parte dos meados dos anos 1970) pesou em sua
decisão de caminhar em direção à música de jazz
experimental e distanciar-se das raízes folk e pop.
Depois de gravar as bases que formariam Hejira, Joni
conheceu o baixista Jaco Pastorius, e sua conexão foi
imediata. Joni estava insatisfeita com o que ela chamou
"dead, distant bass sound" dos 1960 e início dos 1970, e
estava começando a magicar sobre a razão das partes do
baixo terem de sempre conter a nota de base. Ela acoplou
suas bandas de baixo a quatro faixas de Hejira e
publicou o álbum em novembro de 1976.
Dominado pela guitarra de Joni e o baixo sem trastes fretless
bass o álbum desenhava uma gama de
influências mas era mais coeso e acessível que algum do
trabalho orientado pelo/para o jazz que fez depois.
Coyote, Amelia e Hejira tornaram-se pilares de shows
sobretudo depois que saíram no disco ao vivo Shadows and
Light juntamente com "Furry Sings the Blues" e "Black
Crow".
Título do Album
O título do álbum é uma transliteração inusuall do termo
árabe mais comumente grafado Hegira ou Hijra, que
significa ruptura, usualmente em referência à migração
Islâmica do profeta Muhammad (e seus companheiros) de
Meca a Medina em 622. Ela diria mais tarde que quando
escolheu o título estava em busca de uma palavra que
significasse "fugir com honra". Deu de caras com a
expressão hejira quando lia o dicionário e foi levada
pelo "dangling j, like in Aja... it's
leaving the dream, no blame".
Joni tem descrito o álbum como "verdadeirmente
inspirado... há o sentimento de intranqualidade de um
lado a outro... A doce solidão de uma viagem solitária."
"Penso que outras pessoas poderiam ter escrito muitas de
minhas outras canções, mas que as canções em Hejira só
poderiam ter saído de mim."
After not performing
live since 2002, Mitchell played "Furry Sings the Blues"
(as well as "Don't Interrupt the Sorrow" from The Hissing of
Summer Lawns and "Woodstock" from Ladies of the
Canyon) during her birthday tribute
at Massey Hall on June 18
and 19, 2013. This was Mitchell's final public
performance to date.
Release - November 1976 by Asylum Records
Reviewing for Rolling Stone, Ariel
Swartley felt that Mitchell had abandoned melodies and
memorable tunes in favour of "new, seductive rhythms"
and "lush guitars", with the resulting sound, despite
its "apparent simplicity", as "sophisticated and
arresting as anything she's done". Village Voice critic Robert Christgau was
impressed with the way that "Mitchell subjugates melody
to the natural music of language itself".
In 1991 Rolling Stone placed the cover at No.
11 on its list of best album covers.
|
Don Juan´s Reckless Daughter
1977
JONI MITCHELL
RUNS FAST
1970
O
sonho acabou. Viva Miles, John McLaughlin's Mahavishnu
Orchestra e Shakti, Santana Caravanserai Borboletta e Devadip
Carlos Santana / Alice Coltrane Illuminations, e Weather
Report! Um ou outro Dylan magistral com The Band & Blood
On The Tracks, um pouco de Bowie aqui, um punhado de Brian Eno
ali, John Cale (Paris 1919), Kevin Ayers (Shooting at the
Moon, Whatevershebringswesing, Bananamour), The Yes Album, Led
Zeppelin III e IV, pelo menos, qualquer Clapton, TUDO o que
Francesco Zappa e Joni Mitchell (com ou sem parte de The
Crusaders, Jaco Pastorius, Wayne Shorter, Herbie Hancock,
Peter Erskine, Charles Mingus, não é coisa pouca) produziram.
transitions
1968 Song to a Seagull
1969 Clouds
1970 Ladies of the Canyon
1971 Blue
transition
1972 For the Roses
1974 Court and Spark
1975 The Hissing of Summer Lawns
transition
1976 Hejira
1977 Don Juan´s Reckless Daughter
1979 Mingus
transition
represents her departure from jazz to a more 1980s pop
sound
80s saturated work
1982 Wild Things Run Fast
1985 Dog Eat Dog
1988 Chalk Mark in a Rain Storm
transition
Joni Mitchell would gradually return to a more organic
approach similier to her mid-70s sound
1991 Night Ride Home
1994 Turbulent Indigo
1998 Taming the Tiger
transition
2000 Both Sides Now
2002 Travelogue
2007 Shine
transitions
de Al Kooper & Steve Katz
transition
1976 Hejira
1977 Don Juan´s Reckless Daughter
1979 Mingus
Além de Mingus, Shorter, Hancock,
Pastorius, uma constante importante subestimada: Steve Katz,
co-fundador com Al Kooper de Blues Project e Blood Sweat
& Tears na co-produção e mixagem dos três registros da
dita sua era do jazz
revoluciomnibus.com
.
Joni Mitchell no Dick
Cavett Show, em Nova York, em que também se apresentaram David
Crosby, Stephen Stills e Jefferson Airplane, segunda-feira 17
de agosto de 1969, day after de Woodstock, quando Crosby e
Stills lhe contaram o que sentiram no evento a que chegaram com Nash e Young de
helicóptero e que ela perdeu porque o engarrafamento
na região da fazenda de Max Yasgur não agourava boa coisa e
ela achou melhor ficar em Nova York descansando para a que
seria a sua primeira live appearance em rede nacional
de TV. Anyway Joni lá captou o espírito. Woodstock foi probably
the strangest thing that happened in the world, como
Crosby descreveu a Cavett, relato que deu o mote para a
reportagem transcendental da companheira.
em revoluciomnibus.com/DeWoodstockaoMcRock.htm
it's
a new dawn, diz em
verdade a Slick numa tirada de duplo sentido antes do marido
Kantner atacar a introdução de Volunteers o hino de Woodstock
do voluntariado pela paz e contra a guerra - que sem imagens
só se entende pela poderosa metáfora produzida
pelo acaso a partir do espírito geral da coisa, do palco para
o público e vice-versa, todos volunteers of America contra a
guerra.
essa coisa tão a despropósito
como a viagem de multidões da "maior minoria" que o mundo já viu,
florida, risonha e alegre apesar dos pesares, fazendo um furor tal
no seu "regresso às origens" que obrigou a maioria a quedar-se
silenciosa e embasbacada com tanto desplante - jovens nus e
peludos como macacos - isso é que era regressão
Woodstock foi celebrado, e
com razão, principalmente pela atitude que o caracterizou - um
espírito de cooperação voluntária, tolerância e companheirismo.
A nova geração celebrou na
chuva, ao som de grupos de rock, sua vitória sobre a geração
anterior. Um triunfo contra as invenções demoníacas dos caretas,
o trabalho, o dinheiro e o serviço militar obrigatório.
Segundo Eisen (Jonathan Eisen em
Altamont: Death of Innocence in the Woodstock Nation),
citado por Luís Carlos Maciel (Nova Consciência) a comunidade
hippie ainda não existe porque até aqui não conseguiu criar novas
instituições capazes de enfrentar o aparato repressivo que a
cerca, asfixia e finalmente neurotiza. Contentou-se com ilusões
róseas mas de vida curta e a grande ilusão de Woodstock só poderia
resultar na realidade
decepcionante de Altamont.
Paulo
Francis escreveu sobre "a nação de Woodstock" que os jovens
daquela geração teriam abandonado os ideais "américanos"
clássicos, fazer negócio, ganhar dinheiro e competir com teu
irmão (o que há, realmente) e se entregando ao desbunde, do todo
mundo nu, da maconha, do "hippismo", da vagabundagem jovem e
fraterna. Time deu também uma capa sobre as "crianças flor" de
Haight Ashbury, da suposta geração "paz e amor". Fortune, da
mesma empresa, mais interessantemente, deu uma história em que
identificara por pesquisa 1,2 milhão de jovens,
filhos de ricos, que não queriam seguir os pais nos negócios,
que queriam "drop out", sair da sociedade competitiva, da "rat
race", da corrida de ratos, que é os EUA. E se declararam de
esquerda.
E o que aconteceu com o sonho? E o que
aconteceu com toda aquela coisa hippie?
E Woodstock - Joni Mitchell, é A
reportagem e síntese do espírito da entrada na chamada Era de
Aquário. O relato de Crosby Stills Nash and Young do que viram e
sentiram lá foi a base do script para a apurada sensibilidade e
visão da moça, uma grande repórter, como sabemos. Fantasia (nos
dois sentidos) e esoterismo é mato então:
Woodstock
Joni Mitchell
I came upon a child of god
He was walking along the road
And I asked him, where are you going
And this he told me
I'm going on down to Yasgur's farm
I'm going to join in a rock 'n' roll band
I'm going to camp out on the land
I'm going to try an' get my soul free
We are stardust
We are golden
And we've got to get ourselves
Back to the garden
Then can I walk beside you
I have come here to lose the smog
And I feel to be a cog in something turning
Well maybe it is just the time of year
Or maybe it's the time of man
I don't know who l am
But you know life is for learning
We are stardust
We are golden
And we've got to get ourselves
Back to the garden
By the time we got to Woodstock
We were half a million strong
And everywhere there was song and celebration
And I dreamed I saw the bombers
Riding shotgun in the sky
And they were turning into butterflies
Above our nation
We are stardust
Billion year old carbon
We are golden
Caught in the devil's bargain
And we've got to get ourselves
Back to the garden
Joni
Mitchell....
Travelogue 1969 -
2007.
De Woodstock a
Strong and Wrong.
Dreamland, dream
[that] dreamland
Dreams, Amelia, dreams and false alarms
One
false move and you´re a goner - Boring!
Lead
Balloon - Taming the Tiger (1998)
despedida do século de Joni Mitchell
People
go nowadays Hiltoning, Macíng, Starbucking and Air
Conditioned
genuine junk food for juveniles -
Taming the Tiger
Strong and wrong you
win
only because that´s the way it´s always been
Men love war!
That´s what history´s for
History
A mass-murder mistery
History histery
A travessia 1960-2020 é a prova da permanência do
estado de barbárie entre os homens. A travessia de
Joni Mitchell, acompanhada passo a passo à distância
pelos fãs, foi da reportagem em canção da Nação de
Woodstock, a utopia da geração do pós-II guerra de
guerras (Vietnam, Biafra, Bangla Desh), a Big Yellow
Taxi - they paved paradise and put up a parking lot -
e Strong and Wrong, do álbum Shine (2007). They
won´t give peace a chance, that was just a dream
some of us had - descontou dois anos depois
de Woodstock, em California, de Blue, já em 1971.
O amargor (bitterness) dá o tom da despedida da jovem
que até Woodstock viveu primavera florida, apesar dos
pesares e que a partir de 1985 (Dog Eat Dog) manifesta
dissabores pelas reagonomics, a fome na Etiópia, o
evangelismo eletrônico, questões raciais, o
comercialismo, o consumismo e a poluição. O pequeno
mas precioso legado de 19 volumes de canções originais
em 4 décadas de permanência merecia uma prospectiva de
vida mais para Woodstock do que para Strong and Wrong.
James Anhanguera em
revoluciomnibus.com
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I'm
a runaway from the record biz
Taming the Tiger ( you can´t tame a tiger)
I stepped outside to breathe the air
And stare up at the stars
Big dipper hanging there
Over the rented car Over the rented
car
I'm a runaway from the record biz
From the hoods in the hood and the whiny white kids
Boring!
The old man is snoring
And I'm taming the tiger
(You can't tame the tiger)
Tiger, tiger burning bright
Nice, kitty kitty
Tiger, tiger burning bright
Sophia says "It's hard to
catch
And harder still to ride
The time to watch the beast the best
Is when it's purring at your side"
Purring at your side
Accolades and honors
One false move and you're a goner
Boring!
The old man is snoring
And I'm taming the tiger
(You can't tame the tiger)
Tiger, tiger burning bright
Nice, kitty kitty
Tiger, tiger burning bright In the
forest of the night
The moon shed light
On my hopeless plight
As the radio blared so bland
Every disc, a poker chip
Every song just a one night stand
Formula music, girly guile
Genuine junk food for juveniles
Up and down the dial
Mercenary style
I watched the stars chuck down
their spears
And a plane went blinking by
And I thought of Anna
Wild and dear
Like fireworks in the sky
Fireworks in the sky I'm so sick of
this game
It's hip, it's hot
Life's too short, the whole thing's gotten
Boring!
The old man is snoring
And I'm taming the tiger
(You can't tame the tiger)
Tiger, tiger burning bright
Nice, kitty kitty
(Boring!)
Tiger, tiger burning bright
(You can't tame the tiger)
Oh, be nice, kitty kitty
(Boring!)
Tiger, tiger burning bright Nice,
kitty kitty
(Boring, boring!)
Tiger, tiger burning bright
(Fight to the light, fight to the light)
In the forest of the night
Taming the Tiger Joni Mitchell 1998
https://www.youtube.com/watch?v=1g8RZw6rpeE&list=PLPaztBWnatcgPtCTI9k5QiPlnA79aIKxf&index=6
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Sounds familiar
After the gold rush
Sounds familiar 1970
Nash Mitchell Sebastian
James Taylor & Joni Mitchell
Sounds
familiar 1971
Joni e Stills em uma ilha
Sounds
familiar 1972
Crosby
A canção da estrada
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