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so listen to the rhythm of the gentle bossa nova
narrativas  de  rock  estrada  e  assuntos  ligados  

francesco zappa 

contra o garni du jour

            

Francesco Zappa, nascido em Baltimore, estado de Maryland, a 21 de dezembro de 1940, é um clown com uma incerta semelhança física com Groucho Marx. Não tardou muito que o definissem como o Lenny Bruce do rock.

Parece não se levar muito a sério mas não está para brincadeiras, ou vice-versa. De Freak Out!, que começa com um roquinho de protesto com a cara de 1966 (Hungry Freaks, Daddy, de Carl Orestes Franzoni) e termina com repiques de Edgar Varèse, a Boulez Conducts Zappa - The Perfect Stranger, o filho de emigrantes da Calábria que ainda tem muitos primos por lá, talvez na Austrália e certamente no Brasil, deu a volta ao mundo em ritmos e estilos. Músico auto-didata (....composer, blah, blah, blah, como descreve em sua Biographical Trivia) só não tocou o que não quis.

Zappa é por definição o compositor cuja obra é indefinível. Quer dizer, a maior parte dos 69 álbuns que publicou em vida (diz-se que deixou outras 500 horas de gravação), excluindo-se os que contêm peças únicas com um formato (o que no seu caso é também um contrassenso), são quebra-cabeças estilísticos que abrangem quase todos os formatos e sonoridades explorados com o instrumental pós-moderno. Só não lança mão de efeitos de som de estúdio como câmaras de eco. Quebra-cabeças ou mantas de retalho mesmo quando os álbuns se baseiam num determinado tipo de som, como por exemplo Overnite Sensation e One Size Fits All, as duas obras centrais de sua fase de colaboração com o tecladista e cantor George Duke, que adota à nascença. One Size Fits All parece já dizer isso mesmo. Dentro, como sempre espécie de centrífuga que tudo mistura (fusion é com ele mesmo)  o homem vai de paródias ao hard rock a galopadas country and western e lieder cantados - isso mesmo - em alemão. Jazz From Hell, claro, não tem uma faixa em 4/4, mas também quantas faixas de discos de free jazz são em 4/4. Seja onde for esse inferno, é jazz - dê por onde der. Ou seja o que isso for. Mesmo quando o ás faz uma faixa só com um solo de guitarra bluesy gravado em um show em Saint Etienne (e com esse título). Em seus discos de gozação com o rock ou o que seja, porque Francesco Zappa está sempre de gozação (é impossível levá-lo a serio porque parece que ele nunca está se - e nos - levando a sério), existe quando muito um padrão determinado pela formação que explora - e é assim que ele trabalha, a cada momento explorando o potencial de uma formação, inclusive o estilo de cada instrumentista/compositor, porque F. Zappa, monstro de superego, é um ser muito gregário. Ou, de outro modo, depende. Obra sacramental da safra de 1969, Hot Rats, que abre nova fase depois da enxurrada inicial com Mothers of Invention (Ray Collins, Jim Black e Carl Estrada) e após o interregno de 200 Motels, trilha sonora do filme lançada com Mothers of Invention e a Sinfônica de Los Angeles sob a regência de Zubin Mehta que ninguém levou a sério, é exemplo-padrão do patchwork zappaeano quando assim tem de ser. 

 
 

de  e de DE WOODSTOCK AO McROCK da série
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Outra ilustração pertinente de como uma nova atitude a partir de velhos processos (o artesanato, ainda que através da indústria e em escala industrial, passe o contra-senso) gera novos modos de produção tendo por toque de saída a guerrilha (mesmo que individual, passe o contrassenso) e acaba por ser o marco fundador dos atuais modos de produção da maioria dos agentes culturais é a de Frank Zappa, cuja carreira se baseia na auto-produção e que em 1969 passa a produzir outros artistas, que lança através de um dos dois selos que funda em regime micro-empresarial. Pela marca Straight (careta, quadrado, direito ou, bem a propósito tratando-se de Zappa, direto) bota na rua uma das mais antológicas produções do universo rock, o duplo LP Trout Mask Replica, de Captain Beefheart and the Magic Band - e pouco haverá de mais anti-straight que esses discos. E pelo selo Bizarre publica os seus próprios discos. Tudo distribuído pela Warner Records. Ao morrer, aos 53 anos, Zappa tinha produzido 69 discos próprios. A quase totalidade da sua própria lavra e safra.
Zappa was a composer and a extreme good salesman -
He tried to sidestep traditional distribution by doing mail order in areas where the stores refused to stock his music and succeeded - that used gravity of modern trends to profit in a way that he can afford do a compromise in between what he wanted (classic) and what he still resonates with (prog rock). - lido em
Frank Zappa - How Did That Get In Here? (Lumpy Gravy Orchestral Suite)

(é impossível levá-lo a serio porque parece que ele nunca está se - e nos - levando a sério) também é só maneira de dizer. Não fosse por outras coisas (e o que dizer então de outras coisas) A cada vez que a fera tira a guitarra do cavalete é um deus nos acuda e sem pensar nego se prostra de joelhos na direção de Meca.

 Em Inca Roads, abertura de One Size Fits All, inova ao inserir um solo de guitarra gravado previamente, sim - pinçado de uma apresentação em Helsinque. E quantas vezes parece que ele só faz as músicas para mandar ver na guitarra elétrica. E que guitarra toca o maestro autodidata e instrumentista que absorve sons de todo mundo. Literalmente. E é curioso: o desbravador dos limites - que em The Return of The Son of Monster Magnet, de Freak Out!, já cometia o desplante de propor uma aventura de música experimental eletroacústica de 12:17m, e cujas referências cruzadas vão de Varèse e Stravinski, música atonal, dodecafonia, rock modal e o mais poli(no sentido de tera)tonal que existiu - quando se trata de tocar guitarra não ultrapassa os "limites" da tradição do gênero entre o blues e o rock, como a querer dizer que grandes estilistas do instrumento já havia aos montes e com ele só lhe interessava mostrar QUANTO o sabia tocar. Muito. 

 
 

O self-taught musician, composer, blah, blah, blah... inclui o letrista ou chargista de imaginação desenfreada - suas charges ao capitalismo incluem um empreendedor que se imagina criando e fazendo grana com uma plantação de fio dental em Montana - e o vendedor da mercadoria de manufatura própria e até de terceiros, de que rapidamente desistiu de resto.

Um dos aspectos mais assinaláveis em Francesco Zappa é o sucesso do criador a partir do universo rock (como se fosse um "suporte" natural e meio de sustento possível) que nunca se rendeu (seria impossível) ao comércio da música e jamais produziu droga, embora muitas de suas faixas (inclusive Peaches in Regalia, de Hot Rats) até pudessem ter figurado sem grande motivo para espanto em paradas de sucesso. Nada mais antizappaeano, porém, e a grande maioria de suas letras não foi feita para tocar no rádio.

Zappa não cedia à facilidade e como se vê por exemplos como Lenny Bruce a sátira quando tem endereço certo só rende dissabores. Zappa fez 30 por 1ma linha (de fio dental?) para firmar contrato com a Verve para o lançamento do seu primeiro (duplo) álbum, conseguindo passar para trás o Velvet Underground (era um ou outro), que tinha o pistolão de Andy Warhol. Lou Reed nunca o perdoou por essa (e talvez por outras) e ao saber da sua morte comentou: Menos um cretino na face da Terra. 

... E O QUE ACOMPANHA?

Nunca se desligou ou dessintonizou de nada, interessando-se por todo e qualquer tipo de fenômeno apenas para ter mais um motivo de chacota. Seguiu altivo e criativo na sua sem nunca se render ao formalismo do que um dia chamou garni du jour - objetos de consumo (música ou o que for) "pelos quais as pessoas reforçam sua ideia sobre o que é o seu estilo de vida",

Incluiu entre "relevant quotes" num quadro do encarte de Freak Out! uma citação de um depoimento de Edgar Varèse de julho de 1921: O artista de hoje se recusa a morrer.

Incluiu o country-rock (em meados dos anos 1970) no rol das "guarnições do dia", mas executa-o (inclusive na guitarra) da melhor forma. Para que o escracho faça TODO o sentido.

We're only in it for the money...

 
 

Nenhum disco de Frank Zappa se limita ao que se convencionou chamar rock. Usa, conforme a conveniência, diferentes formatos sem jamais deixar de explorar - até por autogozação - todas as vertentes que possam surgir no ato da composição, em laboriosos contorcionismos em progressões - e reversões - harmônicas, pluritonalidades, reversões do fraseado (da capo a coda e da coda a capo) para chacoalhar os espíritos e mantê-los a consideráveis distâncias dos padrões "normais", "estabelecidos". Se rock, para des/acordar o rock e o ouvinte roqueiro e sair explorando - e acordar o roqueiro para - outras trans(a)tonalidades. Não embarca em - antes, apressa-se em satirizar - contestações teóricas e práticas ao Establishment, tendo embora sempre a cara delas e nunca a Dele. Autoproduz e lança discos em catadupa e um após o outro e todos muito acima da média, muitos (Hot Rats está entre as dezenas deles) clássicos instantâneos e quase sempre chocantes pela rapidez de mudança de "proposta" em relação à anterior. 

O espírito de achincalhe é tal que indo totalmente contra as regras de marketing sua discografia inclui Mothers, com gravações ao vivo no Fillmore East, Nova York, em junho de 1971, e Just Another Band From LA, com gravações ao vivo no Pauley Pavillion, Los Angeles, em agosto de 1971. São excertos do mesmo show que montara - mais uma soberba gozação - com Mark Volman e Howard Kaylan, que como The Turtles protagonizaram cinco anos antes um dos maiores estouros da música pop, Happy Together - presente no show e em Mothers, claro. Assim, temos o espetáculo inteiro em duas bolachinhas (hoje em dia). Conta-se que, pouco antes de sua morte em 1992, um engenheiro de som disse a Zappa que o público não iria comprar um disco com a quinta versão de Sharleena que pretendia lançar. Ao que ele ponderou: 

- Você não conhece os meus fãs. Claro que eles não irão comprar qualquer coisa que eu faça, mas eles adoram ouvir diferentes versões das músicas e sacar as diferenças.

Porque elas são muitas. Quase nem fazem lembrar as anteriores e pensar que possa haver mais alguma coisa TÃO diferente.

Faixas, músicas, peças são muitas vezes nitidamente pretextos para exercícios criativos, e nomeadamente para exercícios estilísticos com sua guitarra elétrica em torno de temas, tonalidades ou andamentos os mais (a)variados. E assim as letras que escreve para que as faixas, músicas, peças soem (apenas soem) mais de acordo com as regras, não raro revelando o jogo com apartes ou denunciando-o no próprio texto, como em Stink Foot, de Apostrophe, em que no final o cantor pergunta: ain't this boogie a mess? - mas depois de ter dado o seu recado guitarrístico naquele padrão. E não é de admirar que em ao menos metade delas letras, histórias, não façam nenhum sentido. Mesmo porque ele não tá a fim de enganar ninguém. Ain't no great revelation / but it wasn't too long..., esclarece e desculpa-se por ter tomado o precioso tempo do ouvinte com a balela em 50/50, de Overnite Sensation. Let's Turn The Water Turn Black, de We're Only In It For The Money, é uma absurda história sobre diarreia. Na charge ao "empreenditorialismo selvagem" capitalista, o cara sonha ser "um magnata do fio dental" e George Duke no coro no final da faixa emenda "um magnata do fio mental". 

              

 
 

 

O sucesso de Peaches In Regalia quando lançado em formato de videoclip na MTV 30 anos depois do seu lançamento como faixa de abertura de Hot Rats mostra a perenidade da prolífica, heterogênea e multifacetada obra de Francesco Zappa. Cada faixa do disco não tem nada a ver com a outra e essa peça orquestral ao estilo de big jazzband atualizada ao tempo das guitarras elétricas  muito menos com Willie the Pimp, sua primeira entre várias gozações ao hard rock, protagonizada pelo amigão de toda a carreira até então, desde quando tocava "em beer joints e passava muita fome", o primeiro e único Captain Beefheart.
A partir de então Mothers of Invention passa a ser uma força de expressão, determinada mais pelo hábito dos fãs que por uma necessidade de manter viva uma marca (nada mais antizappaeano - veja-se a própria obra legada). As Mothers de Collins, Black & Estrada ficam no passado e por duas ou três temporadas seu som será criado, salvo exceções, tendo em mente Ian - nas ditas madeiras - e a dita Ruth - marimba e vibrafone - Underwood, Ainsley Dumbar - bateria -, Don Preston - teclados - e Jim Pons - baixo -, alguns vindo já de aventuras anteriores. A pimenta (i.e. cereja) de mais um disco zappaeanamente heterogeníssimo fica por conta do emprego dos violinos elétricos ecléticos de Jean-Luc Ponty e Don
"Sugarcane" Harris, este também oriundo de digressões anteriores do patrão. Que até o violino se pode fazer suingar como um javali se alguém o souber dominar com maestria já se sabia por um certo Grappelli. Mas, para quem não o conhecia de gravações europeias e do próprio Jean-Luc Ponty plays Zappa (1970), o suingue demoníaco daquele gaulês louro como as manhãs da Provence fez nego se alourar de encanto. Jean-Luc era jazz-rock desde o berço mas talvez o rock nele esteja apenas pela ideia luminosa de ligar seu irmão gêmeo univitelino à corrente elétrica e detonar uma torrente que é certo que em carreira individual ele iria deixar por ali mesmo - as colaborações com F. Zappa (mas por coincidência logo pintaria como em alternância o patrício Didier Lockwood). A química entre Ponty e o boss nas sessões de Hot Rats foi tamanha que se estendeu em bis que atinge o paroxismo em Apostrophe, gravada com Jack Bruce (ex-companheiro de Eric Clapton - Are You Hung Up?, na abertura de We re Only In It For The Money - no Cream) e Jim Gordon (que não se pode dizer ex-companheiro de Clapton em Derek and The Dominos porque este foi uma fantasmagoria de Clapton) no disco homônimo. Em Apostrophe - uma bomba H de música elétrica - o violino do francês volta a suingar mais que a nega do leite.

                                                                                         

                                                                                    

francesco zappa 
contra o garni du jour 

francesco zappa 
contra o garni du jour
2

NINE TYPES OF INDUSTRIAL POLLUTION . UNCLE MEAT . 1969

 

Frank Zappa and the Mothers of Invention a Mothers of Prevention

1969
Mothermania

Mothermania (1969), subtitled The Best of the Mothers, is a compilation album by the Mothers of Invention. While the songs were previously released on Freak Out!Absolutely Free and We're Only in It for the Money, it contains unique mixes or edits done specifically for this compilation. fonte: en.wikipedia.org

 

 

Uncle Meat

Uncle Meat is the fifth studio album by The Mothers of Invention, released as a double album in 1969. Uncle Meat was originally developed as a part of No Commercial Potential, a project which spawned three other albums sharing a conceptual connection: We're Only in It for the MoneyLumpy Gravy and Cruising with Ruben & the Jets.
The album also served as a soundtrack album to a proposed science fiction film which would not be completed, though a direct-to-video film containing test footage from the project was released by Frank Zappa in 1987. The music is diverse in style, drawing from orchestral, jazz, blues and rock music. Uncle Meat was a commercial success upon release, and has been highly acclaimed for its innovative recording and editing techniques, including experiments in manipulation of tape speed and overdubbing, and its diverse sound. fonte: en.wikipedia.org


Hot Rats

Hot Rats is the second solo album by Frank Zappa, released in October 1969. It was Zappa's first recording project after the dissolution of the Mothers of Invention.
It features the work of several artists in addition to Zappa, including several former members of the Mothers of Invention, Captain Beefheart, and Don "Sugarcane" Harris. Five of the six songs are instrumental; the other, "Willie the Pimp", features vocals by Beefheart. In his original sleeve notes, Zappa described the album as "a movie for your ears". fonte: en.wikipedia.org

                                                                                                              so listen to the rhythm of the gente bossa nova 1969.htm

DOG BREATH IN THE YEAR OF THE PLAGUE . UNCLE MEAT . 1969

We're Only In It For The Money

All the music heard on this album was composed, arranged ans scientifically mutilated by Frank Zappa (with the exception of a little bit of surf music). None of the sound are generated electronically... they are all the product of electronically altering the sounds of normal instruments. The orchestral segments were conducted by Sid Sharpe under the supervision of the composer.

We're Only In It For The Money Cover Art - Cal Schenkel
em
http://www.globalia.net/donlope/fz/notes/We%27re_Only_In_It_For_The_Money_Cover.html muitas informações sobre as ideias & diatribes de Frank Zappa com esse outro célebre integrante da trupe a partir da capa de Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band

Não embarca em - antes, apressa-se a satirizar - contestações teóricas e práticas ao Establishment, tendo embora sempre a cara delas e nunca a Dele.

mais notas sobre música e atitude de Frank Zappa a partir do
Caso: We're Only In It For The Money, 1968

FZ de A a Z

desde a primeira faixa de sua petagalática discografia, "Hungry Freaks, Daddy", Zappa aproveitou cada espira de suas performáticas crônicas do cotidiano entre a vida real, da rua ao colchão de água, e o escapismo, a vida pura e dura e As Mais Estrambólicas Aventuras no terreno do fantástico, para sempre que oportunamente exercer sua crítica política e social en sátira mais ácida (appunto, o que faz mesmo quando entre a surf music e o doo-wop é também acid rock California style), mordaz, corrosiva, de Groucho Marx a Lenny Bruce e além, sendo mais que nenhum outro ou melhor o maior marxista tendência Groucho, crítica MORDAZZ da Amerika e da suposta geração dourada do flower power que supostamente se lhe opunha (I´m really just a phony, but forgive me ´cause I'm stoned).
Sua música e sua atitude são em si mesmas e no seu tempo paradoxal, atemporal, anacrônica, a fazer uma leitura a partir do discurso do método inexplicável, sem sentido, como esta frase. Um dos maiores e dos mais acabados ícones do rock, a imagem arquetípica do hippy, cospe em sua própria cara com escárnio escatológico, a revolução ou movimento de juventude é para ele apenas mais uma american trend, passe a revolução de costumes (sexual ou da moda) com que se conflagrou.
que gênero é o de Zappa, com alguns dos sons mais belos e com alguns dos mais bizarros do século XX, inspirados nos blues e no country and western, jazz, hillibilly, doo-wop, funk, em Varèse, Bartok e Stravinski? música, segundo ele mesmo, que naturalmente sabia o que fazia, that shows interesting chord changes and solos where the people has the chance to improvise like people used to do in the old days of jazz, except that it´s electric and has a different kind of beat to it, tendo galáxias de beats in it. a banda de rock é seu meio de vida. sua música a lot of times is not rock´n´roll at all, it just happens to be consumed by rock´n´roll audiences - em 12 de agosto de 1984, de sua casa em Hollywood Hills, California
workalcoholic - questionado nos anos 1980 sobre que música se ouvia em sua casa, disse que ali não havia muito tempo para entretenimento e que ouvia a música que estava fazendo -, cuidava de cada detalhe como artesão de um produto cultural ou de entretenimento do seu tempo, a era de reprodutibilidade blah blah blah da composição às capas dos discos (entre as melhores da história discográfica do rock, seja o que isso seja tratando-se dele, que sempre usava o termo rock´n´roll) e compunha sua música complexa e cinematográfica como se desenhasse strip comics ou trilhas sonoras de filmes (da sua vida) a partir de constante recolha de imagens na era anterior à do video em Super 8, ocasionalmente ampliadas para 16mm. (Uncle Meat) em colagens e cortes abruptos muito bem-humorados

We're Only In It For The Money

All the music heard on this album was composed, arranged ans scientifically mutilated by Frank Zappa (with the exception of a little bit of surf music). None of the sound are generated electronically... they are all the product of electronically altering the sounds of normal instruments. The orchestral segments were conducted by Sid Sharpe under the supervision of the composer.

e blah, blah... seu terceiro album, Lumpy Gravy (1967), com a  Abnuceals Emuukha Electric Symphony Orchestra, que como foi gravado para a Verve (monumento da história do jazz então já de meia idade) parece fruto de uma preocupação em fazer um disco o mais hermético possível (passagem de surf music àparte) e para que monta uma trupe en Symphony Orchestra com 56 membros, é uma jóia rara, se quiser, do pós-modernismo e discos imediatamente posteriores contêm o ato inaugural do dito maldito jazz-rock de que é o founding father - e se questo non è vero...
The Mothers Of Invention: Weasels Ripped My Flesh (1970): The Eric Dolphy Memorial Barbecue
tem um som similar ao que Soft Machine produzia ao mesmo tempo em Londres em Third. jazz-rock porque elétrico e linguagem musical apurada & requintada, em muitas passagens parente da de Sun Ra
Billy the Mountain, de sua montagem cênica do ano em que cria e roda (borda) 200 Motels com Eddie & Flo, Mark Volman e Howard Kaylan, é parte de um show Ziegfeld Follies (berço da canção americana), theater revue, moderno e We´re Only In It For the Money a resposta grouchozappaeana com H maiúsculo a Sgt. Pepper´s Lonely Hearts Club Band, q satiryza em esculacho, com where are you going with that flower in your hand, Flower Punk e The Ugliest Part Of Your Body e abre com mais uma paradigmática criação monstruosa do compositor, o pirata ou hacker que vai destruir toda a sua obra, um dos muitos temas (como a controvérsia do flower power) que sobreviverão a ele por tempos e tempos a vir. Como a sua música.
um ícone do rock, da estatura do de Jimi Hendrix, pelo aspecto e a cada passo, gesto, compasso, sulco no vinil, ao fazer soar sua guitarra em multiestilísticos solos primorosos que no entanto no discurso verbal, no discurso de fábulas além do real em tons além do surreal ou hiperrealismo se contradiz totalmente, é um dos artistas mais anacrônicos no século do anacronismo e do acronismo na nova aldeia global de que é um dos maiores protagonistas & se REgala com isso, escarrando no espírito do sonho americano, de que mostra os remanescentes em detritos, e no espírito do movimento juvenil - o maior e mais icônico de todos os tempos - de que o rock´n´roll, como sempre chama a parte da música que faz, é a expressão sonora: chega a ser considerado o protagonista mais conservador, do ponto de vista político, do rock, diz q a maior parte da música q se produz então é o garni du jour feito para o consumidor se sentir o próprio e to dazzle a drug stupified audience into submission, que não é parte da cultura da droga porque não toma drogas, que enxerga como uma via de escape (escapismo) da vida real.
De Groucho Marx a Lenny Bruce e além e de Varèse à guitarra blues e ao doo-wop e ao jazz-rock e muito além, em múltiplas vertentes da linguagem (sempre) moderna do atonalismo e petacromática, à revolução de veludo checa e à propalada canditadura à presidência da república americana, parece que tudo é brincadeira, controverso, muito sóbrio (até demais, no bom sentido), corrosivo, preciso, eloquente, conciso, severo (austero). Básico, simples e direto. Muito concreto e complexo. Depravado quando a veia estoura para esse aspecto da vida.
Sua obra é almanaque do seu tempo. Reportagem visual e sonora do estouro final do século das transgressões de toda a ordem e de toda a sorte, reportagem multifacetada e extensa, densa, cínica - de mais uma era do Bem de poucos e do Mal comum a todos.

 

Frank Zappa - How Did That Get In Here? (Lumpy Gravy Orchestral Suite)

.

Cover Art - Cal Schenkel


em entrevista coletiva na ABC TV Australia em 1973

último frame - assinatura - no doc. The true Story of Frank Zappa´s 200 Motels:
o artista moderno é um autogozador ou não é nada

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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francesco zappa 

  contra o garni du jour   

  é também trecho de revoluciomnibus.com/.htm  

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